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MORADORA DO COMPLEXO DO LINS ACUSA POLICIAL MILITAR DE ABUSO: ‘TIROU FOTO MINHA PELADA E PASSOU A MÃO EM MIM’

Jovem de 19 anos disse que sofreu abuso após operação policial no Complexo do Lins, na segunda-feira (8).

Uma moradora do Complexo do Lins acusa um policial militar de abuso. Com manchas roxas nos dois braços, a jovem de 19 anos denunciou as agressões na Delegacia da Mulher, do Centro do Rio.

A jovem contou que foi abusada sexualmente por um PM, nesta segunda-feira (8), logo depois da operação policial no Complexo do Lins.

O confronto com bandidos já tinha terminado e ela diz ter sido abordada ao sair de casa, no Morro da Gambá.

Segundo a jovem, o policial, que estava sozinho, de farda e armado, abusou dela na rua e fez ameaças.

“Começou a falar um monte de coisas. Que ele ia me matar, se eu contasse algo pra alguém. Levantou a minha roupa, tirou foto minha pelada, passou a mão em mim. Me segurou na parede, machucou meus braços e continuou falando que se eu falasse pra alguém, ele ia me matar. E ia postar as minhas fotos peladas, pra todo mundo ver e saber o que tinha acontecido comigo ali.”

A família decidiu denunciar e procurou a delegacia da mulher. No local, a jovem diz que foi atendida por um homem, viu algumas fotos de PMs, mas não conseguiu identificar o agressor.

Ela foi encaminhada, então, pela Deam ao IML para fazer exame de corpo de delito, e à Cidade da Polícia para fazer retrato falado do policial. Mas lá descobriu que há pelo menos um ano e meio o serviço é feito em outro lugar.

“Me mandaram vir pra cá. Só que não é mais aqui. Aí eu vou ter que voltar na Deam, de novo, pra eles me darem o endereço certo.”

A jovem contou que a imagem do abusador está bem nítida na cabeça dela.

“Ele era alto, pardo, tinha um nariz muito grande. Novo. Parecia ter uns 30, 30 e poucos. Tinha um sotaque meio estranho. Tava de uniforme, mas tava sem o nome.”

A moradora do Lins disse que não foi fácil tomar a decisão de denunciar, mas que era preciso.

“Quero justiça, só isso. Pra ninguém passar o que eu passei.”

O que dizem os citados

A Polícia Militar informou que a Coordenadoria de Polícia Pacificadora abriu uma apuração e que Corregedoria acompanha o caso.

A Delegacia de Atendimento à Mulher disse que a investigação está em andamento.

A Polícia Civil informou que será feita uma apuração sobre a orientação dada à vítima para que fosse fazer o retrato falado a cidade da polícia.

Por: Lília Teles, RJ2

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