MIS RJ INAUGURA EXPOSIÇÃO “DROPS CINEMATOGRÁFICOS”
Os profissionais, amantes e pesquisadores da “sétima arte” vão se encantar com a exposição “Drops Cinematográficos”, inaugurada nesta quarta-feira (28/02) pelo Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, com a presença do produtor e diretor de cinema Cavi Borges. Recepcionado pelo presidente do MIS, Cesar Miranda Ribeiro, Cavi foi o primeiro a visitar a mostra, que reúne itens de setores do museu, como o tridimensional, textual e iconográfico.
O diretor de cinema destacou a importância de expôr os itens, entre eles, equipamentos que eram usados nas produções entre as décadas de 1940 e 1980, como uma forma de incentivo para a nova geração de profissionais. Cavi conversou com a equipe do museu, deu sugestões para o desenvolvimento de projetos e parcerias, além de visitar as instalações da Coleção “Na Cabeça do Zé – Acervo José Wilker”. Para o presidente do MIS, a exposição ganhou um brilho especial com a presença do diretor na inauguração.
“Cavi é um incentivador e parceiro do MIS, além de um grande conhecedor do setor audiovisual. A opinião dele sobre esse trabalho nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. O MIS entende o mundo como sendo um lugar de comunicação. Conhecer os processos pelos quais passamos é importante não apenas para a compreensão do atual cenário, mas também para a evolução. Tudo é continuidade e com a tecnologia que temos hoje é no mínimo curioso imaginar como as produções eram feitas de forma analógica”, afirma Cesar Miranda.
A mostra tem a curadoria da museóloga Eliane Vilela e se apresenta em duas versões: a presencial, no segundo piso da sede da Lapa, e a virtual, que pode ser acessada pelo link disponível no site da Web Rádio MIS RJ.
Dentre os objetos do setor tridimensional que fazem parte da exposição “Drops Cinematográficos”, estão o projetor de filme de 35 mm, da Rangertone Research Inc.; o “emendador” de filmes, da Griswold; o editor Viewer Dual-8 de filmes de 8 mm, da Goko; o projetor de slides de 35 mm, da Kodak; e câmeras de diversos formatos e tamanhos.
Os equipamentos, filmes e fotos são salvaguardados pelo museu, que integra a rede de equipamentos culturais do Governo do Estado e preserva o acervo audiovisual do século XX mais importante do Estado Fluminense. Desde a sua inauguração, em 1965, o MIS RJ se configura como um importante centro de referência para a pesquisa da indústria cultural brasileira.
Na exposição, os visitantes também podem contemplar imagens, como a fachada do antigo cinema Odeon, que ficava na Cinelândia, e cujo registro pertence à Coleção Augusto Malta. A mostra traz ainda fotografias que refletem o comportamento da época, como a que retrata um grupo exclusivamente formado por homens na entrada do Cinematógrafo Rio Branco, na Rua Gomes Freire, no Centro do Rio, com data de registro do começo do século XX.
As fotografias, preservadas no setor iconográfico, trazem ainda flagrantes do universo cinematográfico, como o cineasta Glauber Rocha em ação, além de José Wilker contracenando com Beth Farias, e cenas de filmes de Oscarito, Carmen Miranda e outros ícones da produção audiovisual brasileira. O cineasta Cavi Borges ressaltou o cuidado com detalhes e a riqueza do material exposto.
Por SECEc