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MILEI É INVESTIGADO NA JUSTIÇA POR ESCÂNDALO ENVOLVENDO CRIPTOMOEDA E POSSÍVEIS CRIMES DE FRAUDE E SUBORNO

Promotor investiga empresários e assessores por envolvimento no projeto que pode ter gerado prejuízos milionários

O presidente argentino Javier Milei está no centro de uma investigação sobre o escândalo envolvendo a criptomoeda $LIBRA, com o promotor federal Eduardo Taiano destacando possíveis crimes de abuso de autoridade, fraude, tráfico de influência e suborno. Em uma decisão inicial, Taiano ordenou a coleta de documentos e dados de empresas e organizações relacionadas ao projeto da criptomoeda, que gerou grande controvérsia no país. O caso, que explodiu após a divulgação da promoção do $LIBRA pelo próprio presidente, gerou uma série de denúncias, algumas apontando até mesmo que membros próximos de Milei, como sua irmã e a secretária presidencial, teriam participado de encontros com os envolvidos. As informações são do jornal Página 12.

A investigação formal foi instaurada na sexta-feira (14 de fevereiro), após Milei promover a criptomoeda como uma iniciativa para financiar pequenas empresas e startups argentinas. A publicação do presidente gerou uma valorização momentânea do ativo, mas o preço caiu drasticamente em poucas horas, levando a um prejuízo estimado de 100 milhões de dólares para investidores, a maioria dos quais perdeu o valor investido após compras feitas por pessoas com acesso privilegiado às informações do lançamento. De acordo com o promotor, o esquema pode configurar fraude, tráfico de influência e até suborno.

Entre os principais investigados estão os empresários Hayden Mark Davis e Julian Peh, responsáveis pela criação e lançamento da $LIBRA, além de Mauricio Novelli e Manuel Terrones Godoy, que teriam sido intermediários com o governo, e Sergio Daniel Morales, assessor da Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV). Embora ainda não haja acusações formais contra a irmã de Milei, Karina, ou outros suspeitos mencionados, a investigação segue avançando. O Ministério Público já requisitou dados de órgãos como o Banco Central da Argentina, a CNV e empresas como o Google, além de rastrear transações e carteiras virtuais associadas ao esquema.

A partir do momento em que o escândalo se desenrolou, surgiram questionamentos sobre o envolvimento de membros do governo, especialmente sobre a nomeação do filho do promotor, Federico Taiano, para um cargo no governo, o que levantou dúvidas sobre a imparcialidade da investigação. Além disso, a possível participação de outros países na investigação, incluindo os Estados Unidos, onde cidadãos americanos também teriam sido vítimas de fraude, pode complicar ainda mais o processo.

Em um resumo dos fatos apresentados até agora, o promotor Taiano detalhou que o projeto $LIBRA foi anunciado por Milei em sua conta na rede social “X”, promovendo-o como uma iniciativa privada com a intenção de fomentar a economia local. No entanto, evidências de pagamentos em dinheiro para membros próximos de Milei e de contatos recorrentes com os empresários envolvidos reforçam a possibilidade de que a operação tenha sido conduzida com interesses pessoais e ilegais. O Ministério Público segue investigando esses indícios, enquanto a oposição e diversas figuras públicas já apresentaram queixas formais, ampliando o alcance do caso, que agora envolve uma rede de advogados, políticos e líderes de movimentos sociais.

A situação continua se desenrolando e, conforme novos detalhes surgem, o cenário político e judicial em torno de Javier Milei pode se tornar ainda mais complexo. O futuro do presidente e de sua administração parece estar cada vez mais incerto, à medida que as investigações sobre o $LIBRA avançam e a pressão sobre o governo aumenta.

Por Brasil 247

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