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MEDO E INSEGURANÇA NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS DEPOIS DE ATENTADO AO STF

Pessoas que trabalham próximo ao STF relatam medo após atentado na noite de quarta-feira

Regiões próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF) permanecem sob isolamento e perícia devido ao atentado ocorrido na noite de quarta-feira (13/11). Na manhã desta quinta (14/11), cerca de dez artefatos foram detonados pela equipe antibomba da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Para servidores e funcionários de órgãos públicos do STF e de locais próximos ao estacionamento do anexo IV da Câmara dos deputados, local onde o carro de Francisco Wanderley estava, a orientação é que as equipes da manhã permanecessem em casa e para as equipes do período da tarde, a entrada nos prédios estaria liberada após o meio-dia. Uma colaboradora, que pediu para ter a identidade preservada, relatou as orientações que recebeu: “A gente foi orientada para chegar meio-dia. Depois que eu fiquei sabendo do que aconteceu, fiquei com medo de vir trabalhar.”
“Aqui onde eu trabalho não tive uma sensação de tanta insegurança, muitos policiais com escudo estavam aqui. Mas a gente fica assustada por não saber o que está acontecendo, se ele deixou bomba em mais algum lugar”, relata Gilsa Quirino, 40, comerciante de produtos naturais. Mariana Dantas, 35, servidora pública, relata que, na noite anterior, enquanto trabalhava, não ouviu nenhum barulho de bomba: “Fiquei sabendo pelo Whatsapp e pela família ligando e perguntando se a gente estava bem. Quando foi às 21h, quando todo mundo saiu, deu uma confusão e eu escolhi sair pelo Senado, que estava menos movimentado do que aqui”.
Na região do estacionamento onde o carro de Francisco Wanderley estava, foram encontrados e detonados mais dez artefatos que estavam no carro, trailer e espalhados pelo local. “Eu tou aqui desde 6h, foi a manhã toda assim, já ouvi seis explosões e essa de agora foi até baixa. Muito helicóptero, policial lá pra cima (em direção ao STF), cachorro, mas aqui até passa uma sensação de mais segurança” afirma Gilsa.
Um segurança que pediu para ter a identidade preservada afirma que dez artefatos foram detonados “Durante toda a manhã implodiram dez artefatos, os policiais encontraram no carro dele e no trailer”, relata o segurança.
Lucas Leonardo Lima, 39, assessor no Ministério da Agricultura, também relata o sentimento de medo: “Eu fiquei com medo porque não sabia se ele tinha deixado mais bomba por aqui. Tava na esperança de não ter expediente hoje”. As motivações do atentado ainda estão sendo investigadas.

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