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MAURO CID DEVE ASSUMIR FRAUDE EM CARTÕES DE VACINA DA FAMÍLIA, DIZ ALIADO

Aliados que monitoram a situação de Mauro Cid e sua família afirmaram à CNN que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) deve assumir que fraudou o próprio cartão de vacinação, o da esposa e o da filha. As informações são de Daniela Lima, âncora da CNN.

Conforme pontuaram, Cid deve alegar motivo pessoal, destacando que tem pessoas próximas que moram no exterior, demandando visitação frequente.

Entretanto, ele teria receio de tomar a vacina contra a Covid-19 – requisitada para ingressar nos outros países – e, assim, articulou a falsificação dos documentos.

Mensagens extraídas do celular do ex-ajudante pela Polícia Federal (PF) revelam conversas dele com a esposa em que eles colocam em dúvida os imunizantes. Diversos especialistas já atestaram a segurança e eficácia das vacinas utilizadas contra a Covid-19.

Ainda segundo os interlocutores, a expectativa é que Cid “blinde” Bolsonaro no caso. Ele deve ser confrontado com provas da PF de que um computador no Palácio do Planalto acessou os dados de vacinação do ex-presidente nos dias 22 e 27 de dezembro. No dia 30, o acesso aconteceu pelo celular de Cid.

O ex-ajudante de ordens deve falar que estava apenas checando informações, o que seria esperado de seu cargo.

Assim, os aliados trabalham com a ideia de que Cid não vai delatar, confessando o crime de menor potencial ofensivo (falsificação de documentos) e talvez cumprir uma pena leve com um acordo.

A avaliação é de que o volume de provas contra Mauro Cid, principalmente em relação às falsificações de registros para ele a família, é grande, o que torna muito difícil não haver condenação.

Depoimento de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso. Ele afirmou que não pediu a ninguém para falsificar cartões de vacinação contra Covid-19 para ele, nem para inserir dados no ConecteSUS em seu nome.

Conforme explica Daniela Lima, o ex-chefe de Estado também se afastou de algumas pessoas citadas nas investigações, como Ailton Barros – ex-militar que se identificava como “o 01 do Bolsonaro” – argumentando que se aproximavam apenas em períodos eleitorais.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro disse não saber o que foi feito por Mauro Cid nem supostas motivações. O ex-presidente também negou ter apoiado qualquer ato de insurreição ou afastamento do Estado Democrático de Direito.

Por-CNN

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