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MAIORIA DOS BRASILEIROS REJEITA ANISTIA PARA GOLPISTAS DO 8 DE JANEIRO, APONTA QUAEST

Até mesmo entre bolsonaristas, 32% acreditam que os envolvidos no 8 de janeiro devem continuar presos

Pesquisa Quaest divulgada por Lauro Jardim, do jornal O Globo, neste domingo (6) revela que a maioria dos brasileiros é contrária à anistia dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O levantamento foi realizado entre os dias 27 e 31 de março com 2.004 entrevistados em todo o território nacional.

Segundo o estudo, 56% dos entrevistados defendem que os participantes das invasões às sedes dos Três Poderes devem continuar presos, cumprindo suas penas. Apenas 34% manifestaram concordância com a ideia de que essas pessoas não deveriam ter sido detidas ou que já estão encarceradas há tempo demais. O resultado mostra que a principal bandeira do ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) para este domingo, na Avenida Paulista, encontra resistência da opinião pública.

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Rejeição também entre bolsonaristas – Os dados da pesquisa revelam um cenário desfavorável para o ex-presidente, inclusive entre seu eleitorado. Entre os que afirmam ter votado em Jair Bolsonaro em 2022, apenas 32% defendem a manutenção das prisões. Outros 36% acreditam que ninguém deveria ter sido preso, e 25% acham que os detidos já deveriam estar em liberdade. A estatística expõe o desafio de Bolsonaro em mobilizar apoio em torno da anistia, mesmo dentro de sua base eleitoral.

Percepção sobre a responsabilidade de Bolsonaro – Outro ponto crítico para Bolsonaro é a percepção de seu envolvimento na tentativa de golpe. Para 49% dos entrevistados, ele participou do plano golpista, enquanto 36% disseram acreditar que ele não teve envolvimento. A diferença amplia-se quando considerados os eleitores de Lula e de Bolsonaro: 79% dos lulistas acham que o ex-presidente esteve envolvido, ao passo que apenas 12% dos bolsonaristas compartilham dessa opinião.

Além disso, 52% consideram justa a decisão do Supremo Tribunal Federal de torná-lo réu no inquérito que investiga a tentativa de golpe, enquanto 36% avaliam essa medida como injusta.

Expectativas divididas sobre eventual prisão – A pesquisa da Quaest também expôs um país dividido quanto ao futuro jurídico de Jair Bolsonaro. Há um empate técnico, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, entre os que acreditam que o ex-presidente será preso (46%) e os que acham que ele escapará da condenação (43%).

Mais uma vez, a divisão reflete a polarização política: 56% dos eleitores de Lula acreditam que Bolsonaro acabará preso, enquanto 55% dos bolsonaristas apostam que ele sairá impune. 

Por Brasil 247

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