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LULA DIZ SER “PREOCUPANTE” O “AUMENTO DA EXTREMA DIREITA E DE SUAS FERRAMENTAS DE DESAGREGAÇÃO SOCIAL”

Presidente destacou que nos últimos anos “um modelo econômico excludente tem concentrado renda e ampliado as disparidades”, criando “terreno fértil para o extremismo”

247 – O presidente Lula (PT) publicou nesta quarta-feira (6) no El País da Espanha artigo em que diz ser “preocupante” o aumento da extrema direita no mundo. O presidente também destacou que nos últimos anos “um modelo econômico excludente tem concentrado renda e ampliado as disparidades”, criando “terreno fértil para o extremismo”. “Quando a democracia falha em garantir o bem-estar dos cidadãos, prosperam figuras que vendem soluções simplistas para problemas complexos, semear a desconfiança no processo eleitoral e nas instituições políticas”, disse.

O presidente ainda afirmou que “estamos vivendo profundas mudanças na ordem internacional que desafiam nosso senso de humanidade”. “Em um mundo que gasta 2,2 trilhões de dólares por ano em armamento, a paz ainda é o privilégio de alguns, enquanto as guerras causam destruição, sofrimento e a morte de inocentes. Em um mundo que produz riqueza no valor de 105 trilhões de dólares por ano, mais de 735 milhões de pessoas ainda não têm o que comer”.

Sobre o aumento também das “ferramentas tradicionais de desagregação social” da extrema direita, Lula citou “o autoritarismo, a violência, a precarização do trabalho, o negacionismo climático, o discurso de ódio, a xenofobia, o racismo e a misoginia”. Apesar do recrudescimento da extrema direita, ponderou o presidente, “felizmente, nossas sociedades têm apostado em governos que acreditam que a chave para responder aos ataques à democracia é melhorar a vida das pessoas”.

Ao final do texto, o mandatário brasileiro ainda pede união das “forças progressistas do mundo”. “Raramente na história o apoio entre as forças progressistas do mundo, como a aliança que mantemos com a Espanha, foi tão necessário e urgente como agora. É nossa responsabilidade trabalhar juntos para que a indiferença não prevaleça sobre o humanismo e para que as injustiças que se espalham dentro e entre os países dêem lugar à solidariedade e à cooperação”.

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