LULA DIZ QUE NÃO SABE COMO GOVERNADORES AGUENTAVAM BOLSONARO
Em reunião com a governadora Raquel Lyra, de Pernambuco, petista afirma que o ex-presidente “só sabia ofender governador”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (12.jul.2023) que não sabe como os governadores aguentavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em reunião com a governadora Raquel Lyra (PSDB), de Pernambuco, o petista afirmou que o ex-presidente “só sabia ofender governador”.
“Não sei como vocês aguentaram 4 anos de um presidente que só sabia ofender governador. Eu nunca fui a um Estado e não chamei os governadores para participar dos eventos que eu ia, mesmo que fosse de oposição a mim. Isso não é impeditivo de o presidente da República manter uma relação civilizada com o ente federado”, afirmou.
O antecessor do petista criticava, principalmente durante a pandemia, os governadores que eram oposição ao seu governo. Lula diz que fará diferente: “Qualquer governador de qualquer Estado será atendido nesse governo como se fosse o melhor amigo. Ninguém será tratado de forma diferente”.
A governadora de Pernambuco esteve no Planalto, junto com o ministro das Cidades, Jader Filho, e a presidente da Caixa, Rita Serrano. O banco público e o Estado fecharam empréstimo de R$ 1,5 bilhão para investimento em infraestrutura.
APROVAÇÃO DO CARF
Na mesma reunião, o presidente elogiou a Câmara dos Deputados pela aprovação do projeto do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). O texto retoma o voto de qualidade nas decisões do Carf. A volta do dispositivo faz parte do pacote anti-deficit anunciado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) em 12 de janeiro.
O ministro já afirmou trabalhar com a expectativa de arrecadar R$ 50 bilhões em 2023, mesmo com mudanças feitas a respeito do voto de qualidade.
“Eu acho que o que a Câmara cumpriu na semana passada foi uma votação excepcional, que eu espero que seja repetida no Senado, afinal de contas é uma coisa que vocês estão dando ao Brasil, a oportunidade Brasil ser diferente”, declarou.
Por Mateus Maia – Metrópoles