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LULA DIZ ACHAR QUE ONU ACEITARÁ NOVOS PAÍSES COMO PERMANENTES

Petista apoiou expansão do Brics para que a China apoie a entrada de nações em desenvolvimento no Conselho de Segurança

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem (24) ter esperança de que os países integrantes permanentes da ONU (Organização das Nações Unidas) –Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido– aceitem a entrada de nações em desenvolvimento no Conselho de Segurança. Esse foi um dos tópicos pelo qual o petista lutou para que fosse incluído na declaração final da cúpula do Brics, encerrada nesta 5ª.

“Quando eu era presidente da outra vez, já tinha muita gente que era favorável. A Inglaterra, a França, a Rússia. Só quem tinha dúvida mesmo eram Estados Unidos e a China. Mas como a geografia política mudou, eu acho que as pessoas vão ficar favoráveis de a gente entrar. Não tem porque impedir”, disse a jornalistas.

A cúpula do Brics terminou com a adesão de 6 novos países integrantes. A China, que quer firmar o grupo cada vez mais como contrário ao G7, foi a maior defensora da adesão. O Brasil e a Índia atuaram com cautela. Foram contra a ampliação inicialmente para impedir que o bloco se tornasse somente um instrumento de disputa entre os chineses e os norte-americano.

No fim, Lula apoiou a adesão de novos integrantes com a justificativa de que a China apoiaria a entrada de mais países no Conselho de Segurança da ONU. Na prática, contudo, o cenário deve ser outro. Isso porque os integrantes permanentes devem votar de maneira unânime para adesão de novos países, e os EUA não devem ceder.

 “Nós estamos brigando há mais de 20 anos nisso. Eu estou ficando careca e de cabelo branco brigando por isso. A geopolítica de hoje não tem nada a ver com a de 1945. É importante que a ONU tenha uma representatividade que possa deliberar coisas que as pessoas acatem, sobretudo nesse momento em que a gente discute a questão climática”, afirmou Lula.

Por Gabriela Boechat/Mateus Maia

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