LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS, EX-MINISTRO DE FHC, DIZ QUE BANCO CENTRAL NÃO TEM MAIS COMO SUSTENTAR SEU DISCURSO
Ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luiz Carlos Mendonça de Barros afirmou nesta terça-feira (11) pelo Twitter que o Banco Central não tem mais como “sustentar o discurso” e manter o patamar atual da taxa de juros, de 13,75%.
“Quero ver o Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] sustentar o discurso de não se mover este ano na redução de juros com a acomodação da inflação do IPCA, inflação no atacado zerada, um R$ [real] que vai se valorizar mais ainda com o fluxo atual de capitais estrangeiros e uma recessão que já está instalada”, destacou. “Será que o BC vai errar uma terceira vez por ser absurdamente fiel ao rígido protocolo do nosso sistema de metas de inflação? Ele errou na Selic a 2% ao ano e quando veio o choque externo de preços no atacado não ter tornado mais flexível a meta de inflação”, complementou.
A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), registrou uma desaceleração significativa em março, ficando em 0,71%. No acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 4,65%, o que representa uma queda em relação ao resultado registrado no mês anterior, quando o índice havia atingido 5,60%. O resultado representa a menor inflação em mais de dois anos, desde janeiro de 2021, quando o índice ficou em 4,56% no acumulado em 12 meses. A desaceleração da inflação aumenta a pressão sobre o Banco Central para que reduza os juros.
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