“LIXO”, DIZ RENAN SOBRE PL QUE PUNE “DISCRIMINAÇÃO” A POLÍTICOS
Senador afirma que é “obrigação” da Casa conter o texto aprovado pela Câmara; Pacheco sinalizou ritmo lento
Líder da Maioria, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) chamou neste domingo (18.jun.2023) de “lixo legislativo” a proposição de autoria da deputada federal Dani Cunha (União Brasil-RJ) nas redes sociais.
“A lei Dani/Lira é um lixo legislativo. Não há hipótese de passar no Senado Federal. Só faltou mudarem o plenário da Câmara de Ulysses Guimarães para Eduardo Cunha. É o desenrola do Lira. Inacreditável o apoio do MDB e PT”, disse o senador em seu perfil no Twitter, citando o ex-presidente da Câmara, que é pai da deputada Dani Cunha.
Ao Poder360, o congressista afirmou que a “obrigação do Senado é conter essas loucuras”, em referência à proposição. Aliado dos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Calheiros afirma também ser “inacreditável” que se tenha que apreciar no Senado este tipo de proposta e “ainda mais com a maioria de votos do MDB e PT”.
“A conversa [sobre avançar com a proposta na Casa] é desnecessária, jamais o Senado vai se expor a isso. Falo como líder da Maioria”, complementa.
Calheiros, ao citar MDB, seu partido, e o PT se refere à votação no plenário da Câmara, na 4ª feira (14.jun.2023), quando a proposta foi aprovada por 252 votos a 163. O PL 2.720/2023 torna crime a “discriminação” contra pessoas politicamente expostas. O tempo entre apresentação do projeto e aprovação em plenário foi menor que 30 dias.
A proposta estabelece como meios de discriminação, por exemplo, impedir que pessoas ocupem cargo na administração pública ou recebam crédito em bancos por serem politicamente expostas. Também define punição a representantes de instituições financeiras que se neguem a abrir contas ou conceder crédito para políticos.
“DESCONHEÇO O TEXTO
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou, na 5ª feira (18.jun.2023), que “desconhece o texto”. Na declaração dada depois da última reunião de líderes, Pacheco disse que “não sabia sequer da existência desse projeto na Câmara” e pontuou que “ao chegar no Senado, nós vamos conhecer o texto e identificar por quais comissões ele deva passar”.
Com a fala, o senador eleito por MG sinaliza que a tramitação do projeto na Casa Alta, se avançar, não se dará com a mesma celeridade semelhante que teve na Câmara, onde o início da tramitação se deu em 22 de maio de 2023 e a finalização, em 14 de junho de 2023.
Por: Poder 360