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LÍDERES VEEM DIFICULDADE EM BARRAR ANISTIA NA CÂMARA

Depois que a oposição alcançou o número necessário para pautar a urgência do projeto de lei da anistia, líderes partidários da Câmara dos Deputados passaram a admitir dificuldade em frear o avanço da proposta.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve discutir o assunto na reunião de líderes marcada para o dia 24 de abril.

Para aliados de Hugo, a estratégia da oposição de buscar votos “no varejo” pode dar certo.

Sem apoio inicial dos líderes, o Partido Liberal (PL) procurou partidos em busca de votos individuais. A urgência foi protocolada com 262 votos, cinco a mais que o necessário (257).

Esse número ainda pode subir, a depender da decisão que sairá da próxima reunião. Caso Hugo decida pautar a urgência, com endosso das representações partidárias, parlamentares que ainda não assinaram o projeto podem se sentir mais à vontade para votar a favor da proposta.

A intenção do PL ainda é aprovar a urgência em plenário com número exigido para PEC, ou seja, com 308 votos.

Na terça-feira (15), Hugo Motta sinalizou que a decisão sobre a anistia será tomada em consenso entre os líderes da Câmara.

 “Democracia é discutir com o Colégio de Líderes as pautas que devem avançar. Em uma democracia, ninguém tem o direito de decidir nada sozinho. É preciso também ter responsabilidade com o cargo que ocupamos, pensando no que cada pauta significa para as instituições e para toda a população brasileira”, disse no X (antigo Twitter).

A mensagem foi interpretada como uma forma de preparar o terreno caso a matéria seja levada a plenário e indica que a responsabilidade terá que ser dividida entre o chefe da Câmara e os líderes.

Com receio do ônus da pauta recair sobre a Câmara, deputados próximos a Hugo defendem que ele esteja alinhado com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Até agora, o senador não indica dar prioridade à matéria, mas aliados avaliam que a eventual aprovação na Câmara pressionará o Senado por um desfecho semelhante.

por Tainá Falcão – CNN

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