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LÍDER DA OPOSIÇÃO SINDICAL DA PCERJ DESABAFA SOBRE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Líder classista, Ivan Baptista, Agente da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), fez um manifesto sobre as condições dos agentes policiais do órgão. Ele concorre pela Chapa 3 à diretoria do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindipol-RJ). A eleição para a Diretoria está marcada para o próximo sábado, 15 de março, das 9h às 17h, na antiga sede do Sindicato, no centro do Rio.

Confira o desabafo do policial:

“Nós Policiais Civis do RJ , com o fim do Escalonamento Vertical com os Delegados de Polícia, regra antes prevista na Lei 699/83, revogada em 1994 , nos últimos 40 anos acumulamos perdas de 50% do salário.

No passado servidores do TJRJ e Policiais Federais faziam concurso para Polícia Civil do RJ, pois os salários eram maiores.

Hoje com a equiparação da Polícia Civil do DF à Polícia Federal e o aumento dado pelo Governo Federal de 27%, seus salários chegam a 30 mil reais, já o Agente da Polícia Civil do RJ ganha metade disso, se chegar a final de carreira, onde a maioria não consegue, por não termos, como na Polícia Federal, um sistema de promoções automática de 3 em 3 anos. Aqui, agentes com 30 anos de serviço ainda não chegaram ao topo da carreira. Um absurdo isso, que cria indignação na categoria.

Sem contar o plano de saúde que a PF tem e a PC não.

A situação é tão séria que, caso o Policial Civil seja ferido em serviço, este terá que ser atendido pelo SUS.

Por isso fizemos uma manifestação na Alerj antes do carnaval e fomos recebidos por alguns deputados e estamos conversando com a assessoria do Presidente da Alerj Rodrigo Barcellar, esperando uma agenda ainda por esses dias .

Também estamos buscando um canal direto com o Governador Cláudio Castro, para que tanto a Alerj quanto o Governo aprovem a indicação legislativa 433/25 , que nos concede aumento em 36 parcelas de 1,26%, de forma emergencial para reparar parte dessas perdas salariais.

Nós, Agentes da Polícia Civil, Peritos e Agentes Técnicos somos cerca de 10 mil servidores, entre ativos, inativos e pensionistas, onde a situação também é grave, pois há anos não recebem aumento de forma paritária. A tropa é pequena frente a outras categorias da segurança , por isso entendemos que é possível a concessão, haja vista as perdas acumuladas e por termos sido prejudicados nas últimas negociações.

Entendemos a situação do estado, mas não dá para esperar mais, policiais civis doentes estão fazendo vaquinha nas redes para ter tratamento médico, isto é um desrespeito com todos nós policiais.”

Ivan Baptista, Agente e Líder Classista da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

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