Janja diz sofrer com misoginia e fala em “ressignificar” papel
Primeira-dama diz querer que função seja mais ativa em temas relacionados a mulheres, segurança alimentar e proteção infantil
Primeira-dama, Janja Lula da Silva, participa de evento de formatura da Escola de Eletricistas da Neoenergia; projeto busca a formação de mulheres eletricistas – Claudio Kbene (via Instagram @janjalula)
A primeira-dama Janja Lula da Silva disse na 4ª feira (31.mai.2023) sofrer misoginia “todos os dias” desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu a Presidência, em janeiro. Ela afirmou que tenta “ressignificar” o papel de primeira-dama.
“Nós, mulheres, somos sempre pressionadas a estar num espaço que nos foi designado na sociedade, de mães e de cuidadoras. Sempre somos nós, mulheres, que estamos naquele espaço de cuidado”, declarou Janja em evento de formatura da Escola de Eletricistas da Neoenergia. “Mas nós também temos direito ao nosso trabalho, ao espaço na sociedade e temos direito de estar participando da construção de um Brasil mais justo, solidário e igualitário.”
O projeto tem como um de seus principais focos a formação de mulheres eletricistas. Janja foi ao evento acompanhada da ministra das mulheres, Cida Gonçalves.
“Quero, nesses 4 anos [do mandato de Lula], ressignificar o papel de uma primeira-dama, quero estar mais atuante e mais próxima das causas que me são mais caras: mulheres, segurança alimentar e proteção de crianças e jovens. É por isso que quero ressignificar esse papel”, falou Janja. “Sei o que eu estou sofrendo nesse lugar que estou ocupando hoje.”
A primeira-dama disse que “talvez muitos homens não entendem o que é misoginia”, mas é o que ela e outras mulheres sofrem todos os dias. “Eu tenho sofrido todos os dias isso, mas saio daqui fortalecida. Não vou desistir, vou continuar nessa luta ao lado do presidente Lula”, afirmou.
O dicionário Priberam define misoginia como “aversão ou desprezo pelos indivíduos do sexo feminino”. Uma pessoa misógina considera que as mulheres devem estar em lugares de subalternidade.
Essa não é a 1ª vez que Janja diz ser alvo de preconceito. Na 2ª feira (29.mai), a primeira-dama afirmou que o final de semana foi “regado a puro suco de misoginia”.
O comentário publicado no Twitter é em referência à notícia de que sua amiga e ex-sócia Margarida Cristina Quadros ganhou um cargo de assessora especial na Presidência da República com salário de R$ 13.623, e também a informação de que ela “monopoliza” os almoços com Lula, ambas divulgadas no fim de semana.
Por: Poder 360