
ISRAEL CONFIRMA ATAQUE A TEERÃ E MORTE DE GENERAL IRANIANO; IRÃ PROMETE RETALIAÇÃO E MOBILIZA ALIADOS
O governo de Israel confirmou nesta sexta-feira (13) a execução de uma série de ataques aéreos contra alvos estratégicos no Irã, incluindo instalações nucleares e militares em Teerã. O bombardeio, considerado um dos mais audaciosos da história recente do Oriente Médio, teve como um de seus alvos o alto comando das Forças Armadas iranianas. Segundo autoridades de segurança israelenses, o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior General do Irã, foi morto durante a operação.
A morte do general foi confirmada por fontes do governo iraniano, que prometeram uma retaliação “decisiva e devastadora”. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque como uma “agressão direta contra a soberania nacional” e declarou três dias de luto oficial.
Netanyahu defende operação e fala em “defesa existencial”
Em pronunciamento transmitido ao vivo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva — batizada de “Rising Lion” — teve como objetivo evitar que o Irã chegue à capacidade de produzir armas nucleares.
“Israel não permitirá que um regime extremista, que jurou nossa destruição, se arme com ogivas nucleares”, disse Netanyahu, em tom enfático.
O premiê também agradeceu o apoio estratégico dos Estados Unidos, embora o governo norte-americano tenha negado envolvimento direto na operação. Netanyahu alertou ainda para o risco de retaliações e colocou as forças de defesa em estado máximo de alerta.
Teerã promete vingança militar e ativa rede regional
Poucas horas após o ataque, o Irã iniciou o que chamou de “mobilização defensiva completa”. Fontes próximas à Guarda Revolucionária informaram que o país estuda múltiplos cenários de resposta, que podem incluir:
ataques com mísseis balísticos contra bases israelenses e americanas no Oriente Médio;
uso de drones de longo alcance em instalações estratégicas em Israel;
ativação de grupos aliados, como o Hezbollah no Líbano e milícias xiitas no Iraque e na Síria.
O general Esmail Qaani, comandante da Força Quds — braço externo da Guarda Revolucionária — afirmou que a resposta iraniana “será à altura da perda sofrida” e que “nenhum aliado do agressor estará a salvo”.
Caminhos diplomáticos: ONU e potências tentam conter escalada
Com a escalada do conflito, a comunidade internacional se mobiliza para evitar uma guerra regional. O Conselho de Segurança da ONU convocou uma sessão emergencial. França e Alemanha pediram contenção imediata das partes, enquanto a China e a Rússia condenaram a ação israelense e defenderam o direito do Irã à autodefesa.
Nos bastidores, diplomatas europeus tentam reativar um canal de diálogo baseado no acordo nuclear de 2015, abandonado unilateralmente pelos EUA em 2018.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou estar “profundamente alarmado” com o risco de uma guerra aberta e pediu “liderança racional diante da fúria”.
Quem era Mohammad Bagheri?
O general Mohammad Hossein Bagheri, 63 anos, era uma das figuras mais poderosas e discretas da estrutura militar do Irã. Comandante das Forças Armadas desde 2016, ele era considerado o arquiteto da integração estratégica entre o Exército convencional e os Guardiões da Revolução. Era também o principal responsável por modernizar os sistemas de mísseis e ampliar a presença iraniana em zonas de influência como Síria, Iêmen e Líbano.
Formado em engenharia, Bagheri era um teórico militar respeitado e articulador de alianças com grupos paramilitares fora do Irã. Sua morte representa não apenas uma perda simbólica, mas também um duro golpe à coordenação operacional das forças armadas iranianas.
Risco global aumenta
O impacto imediato da ofensiva já se faz sentir: os preços do petróleo saltaram 5,3% e bolsas de valores de Nova York, Londres e Tóquio operam em queda. O temor de uma guerra de larga escala, capaz de interromper rotas de energia no Golfo Pérsico, pressiona lideranças globais a buscar uma solução diplomática rápida.
A tensão continua elevada, e os próximos dias serão cruciais para determinar se o conflito será contido ou escalará para uma guerra aberta no coração do Oriente Médio.
Por Gazeta Rio