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IRÃ DEFENDE ACORDO NUCLEAR EQUILIBRADO

Ministro das Relações Exteriores pede fim das sanções e acusa Israel de fomentar insegurança na Ásia Ocidental

Em encontro realizado neste sábado (19), em Roma, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que seu país está disposto a firmar um novo pacto com os Estados Unidos sobre seu programa nuclear, desde que o acordo respeite os direitos legítimos do país persa. A informação foi publicada pela rede HispanTV, que acompanha de perto as negociações entre Teerã e Washington.

A conversa entre Araqchi e seu homólogo italiano, Antonio Tajani, ocorreu durante a segunda rodada de negociações nucleares entre iranianos e norte-americanos, com mediação europeia. No encontro, Araqchi agradeceu ao governo italiano por sediar o diálogo e afirmou ser essencial aproveitar a atual conjuntura para alcançar um “entendimento racional e equilibrado que garanta o respeito aos direitos legítimos da República Islâmica do Irã e leve ao levantamento das sanções injustas e ilegais” impostas contra o país.

O chanceler iraniano deixou claro que Teerã não aceita imposições desproporcionais dos Estados Unidos. “Chegar a um acordo é possível se os EUA deixarem de lado suas demandas irrealistas”, declarou. Segundo ele, a base do entendimento deve estar centrada em medidas voluntárias de construção de confiança, que afastem qualquer suspeita sobre o caráter exclusivamente pacífico do programa nuclear iraniano.

Araqchi também reiterou que o Irã não possui interesse em desenvolver armas de destruição em massa. “Tais armamentos não têm lugar na doutrina defensiva do Irã”, afirmou, citando valores religiosos e princípios nacionais como pilares dessa posição.

Ao abordar o cenário regional, o diplomata iraniano apontou Israel como o maior obstáculo à criação de uma zona livre de armas nucleares na Ásia Ocidental. Para ele, o arsenal atômico israelense e suas ações militares contra países vizinhos aumentam a insegurança e são usados para justificar uma narrativa de “iranofobia”. Araqchi acusou Israel de violar o direito internacional, cometer atos de genocídio e promover instabilidade regional.

Diante disso, o chefe da diplomacia persa pediu uma atitude mais responsável por parte da Europa e da comunidade internacional, exigindo atenção ao “arsenal explosivo de Israel” e às suas “ações destrutivas”.

Por Brasil 247

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