INFLAÇÃO, FISCAL E SEGURANÇA SÃO AS PIORES ÁREAS DE LULA, DIZ IPSOS-IPEC
Uma pesquisa Ipsos-Ipec aponta o combate à inflação, o controle e corte dos gastos públicos, e políticas de segurança pública como as áreas de atuação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com percepção mais negativa entre o eleitorado brasileiro. Nesses três casos, mais da metade da população considera a gestão ruim ou péssima, e todos os setores tiveram queda significativa na avaliação.
O combate à inflação tem avaliação negativa de 57% dos dois mil entrevistados, ante 17% que consideram positiva (ótima/boa) e 23%, regular. O avanço na percepção ruim ou péssima foi de 10 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior do instituto, realizado em dezembro.
Na área fiscal, 53% avaliam o governo como ruim ou péssimo; 24,%, regular; e 19% consideram ótimo ou bom, o controle e corte dos gastos públicos. A piora foi de 5 pontos percentuais em comparação a três meses atrás.
Por fim, na segurança pública, 50% acham a atuação de Lula ruim ou péssima; 25%, regular; e 24%, ótima ou boa. Também houve aumento de 5 pontos percentuais entre os que consideram esse aspecto da gestão negativamente.
A pesquisa aponta educação, combate à fome e à pobreza, e meio ambiente como as áreas de mais percepção positiva pelo eleitorado, mas nenhuma chega a registrar saldo positivo – em outras palavras, nenhum desses casos têm avaliação ótimo/bom superior às opções ruim/péssimo.
Na educação, há empate numérico: 36% consideram a atuação do governo positiva; outros 36%, negativa; além de 26% como regular. É a única em que não há saldo numérico negativo para Lula.
No combate à fome e à pobreza, embora 27% tenham percepção positiva; 47% consideram, ruim ou péssima, a atuação; e 25%, regular. No meio ambiente, são 26% os que veem a atuação como ótima ou boa, mas 40% têm uma visão negativa e 31%, regular.
A pesquisa Ipsos-Ipec foi feita entre os dias 7 e 11 de março, com 2 mil entrevistados em 131 municípios das cinco regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Governo Lula avalia troca na presidência da Previ após déficit de R$ 17,5 bilhões
O governo de Lula está considerando a troca do presidente da Previ, João Fukunaga, em resposta a um déficit significativo de R$ 17,5 bilhões no principal plano de previdência da instituição. Fukunaga, que possui uma trajetória como sindicalista, carece de experiência em cargos executivos e tem enfrentado uma série de críticas tanto de dentro quanto de fora da entidade. A Previ, por sua vez, justifica o déficit com fatores conjunturais, citando, por exemplo, os investimentos realizados em ações da Vale. Essa situação gerou um clima de insatisfação que pode ter contribuído para a decisão do governo em buscar uma nova liderança para a entidade. A investigação sobre o resultado negativo da Previ está sendo conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
por Iuri Pitta – CNN