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IFRJ BELFORD ROXO: SEDE DEFINITIVA PODE ESTAR A CAMINHO

Reitor da instituição de educação, Rafael Almada, fala em tratativas com o MEC para investimento de R$ 18 milhões; atualmente, alunos do campus são abrigados em estrutura provisória de contêiners

Uma área de 8 mil metros quadrados, com um gramado extenso e cercas delimitando o terreno. É neste espaço discreto que funciona até hoje, de forma provisória, o campus Belford Roxo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), desde a doação do terreno pela prefeitura, em 2013. Com menos de 500 alunos, em cursos técnicos e de qualificação profissional, a perspectiva é que o pólo amplie sua capacidade para, no mínimo, 1.500 estudantes, com a construção da sede definitiva no espaço.

O que funciona apenas dentro de contêineres na configuração atual poderá passar a aproveitar o amplo espaço disponível, com a construção não só de salas de aula, mas também com infraestrutura voltada aos alunos, com quadra poliesportiva, bandejão, auditório, e estacionamento interno. O reitor do IFRJ, Rafael Almada, revela que há tratativas em andamento com o governo federal, por meio do Ministério da Educação, na ordem dos R$ 18 milhões, dinheiro necessário para o investimento na unidade.

— A gente está alinhando com o MEC o repasse do recurso, a partir do acordo com o presidente da República, para poder tocar o projeto definitivo — explica Almada, que estima em um ano e meio o tempo de duração das obras, que poderá permitir a abertura de postos de trabalho, com novos concursos para a unidade, após sua total ampliação.

— Vai ser um ganho para a cidade, já que estamos numa estrutura provisória há muito tempo. É uma unidade que existe, mas não em sua plenitude, e a sua (construção) constituída prova a importância de Belford Roxo.

A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, incluindo os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, foi instituída em 2008, pela lei 11.892. Em seu artigo 6º, são citadas como finalidades e características do empreendimento não apenas a oferta de educação profissional e tecnológica, mas ainda que haja uma preocupação com o “desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional”, assim como a adaptação às “demandas sociais e peculiaridades regionais”.

É seguindo essa linha que Almada define o campus Belford Roxo como um voltado à economia criativa, levando em conta “um pólo de confecção muito forte” da cidade. Atualmente, são ofertados cursos técnicos de administração e moda, assim como os de qualificação profissional em fotografia e de aderecistas de carnaval. A ampliação da capacidade do espaço poderia permitir a oferta, ainda, de cursos de graduação e pós-graduação, bem como de ensino para jovens e adultos. De acordo com o reitor, a apresentação do projeto à cidade ajudará também a fazer um diálogo com a população.

— A grande dificuldade é que as pessoas veem uma estrutura no final do terreno e isso faz a sociedade achar que a gente não chegou, enquanto a gente já tem aluno formado. Esse movimento (construção no campus) ajuda as pessoas a entenderem o que está chegando.

Atualmente, o IFRJ tem 15 unidades: Arraial do Cabo, Niterói, São Gonçalo, Maracanã, Realengo, São João de Meriti, Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Engenheiro Paulo de Frontin, Paracambi, Volta Redonda, Pinheiral e Resende. Boa parte das unidades foi herança de algum outro empreendimento que funcionava no local anteriormente, o que, segundo o reitor do instituto, pode fazer com que o campus Belford Roxo seja a “mais bonita do estado”, por ser construída do zero, a partir de projeto assinado pelo arquiteto Sergio Bernardo, do IFRJ. O terreno fica localizado na Avenida Joaquim Lima da Costa.

Por João Vitor Costa

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