HUGO MOTTA DIZ QUE NÃO ATUARÁ PARA SALVAR MANDATO DE GLAUBER BRAGA
Presidente da Câmara ignorou apelo do Psol para barrar cassação e afirmou que o deputado não tem apoio suficiente no plenário para reverter o processo
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou a lideranças do Psol que não pretende interferir no processo que resultou na cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ). A declaração foi feita durante conversa realizada nesta quarta-feira (9), no mesmo dia em que o Conselho de Ética da Câmara aprovou a perda do mandato de Braga por quebra de decoro parlamentar.
De acordo com a coluna da jornalista Basília Rodrigues, da CNN Brasil,Motta foi procurado por parlamentares do Psol que pediram sua atuação para impedir o avanço do processo de cassação. Em resposta, o presidente da Câmara teria sido direto ao afirmar que Glauber Braga “fez muitas inimizades no plenário” e que dificilmente conseguirá reverter a decisão do Conselho.
A reação da bancada do Psol foi imediata. Os parlamentares decidiram obstruir a pauta do plenário da Câmara em protesto. Um dos pedidos feitos ao presidente da Casa foi que ele iniciasse a sessão plenária na tarde desta quarta-feira. A medida, se atendida, suspenderia automaticamente as reuniões das comissões — inclusive a do Conselho de Ética. No entanto, Hugo Motta não atendeu ao pleito.
Antes da votação no Conselho de Ética, deputados do Psol ainda tentaram um último esforço ao conversar individualmente com membros do colegiado na tentativa de evitar o avanço do processo. A pressão, contudo, surtiu efeito limitado e o resultado foi apenas adiado por algumas horas. A votação que aprovou a cassação de Glauber Braga ocorreu no início da noite. O parecer favorável à cassação do mandato do deputado Glauber Braga foi aprovado por por 13 votos a 5.
O deputado ainda poderá recorrer da decisão que determina a perda de seu mandato e o partido avalia acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para tentar reverter a situação.
Por Brasil 247
