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HOMOFOBIA: ATOR VICTOR MEYNIEL É BRUTALMENTE ESPANCADO EM COPACABANA

 Vítima de homofobia, a ator Victor Meyniel, de 26 anos, foi brutalmente espancado na madrugada de domingo, 03, em Copacabana. O agressor, identificado como Yuri de Moura Alexandre, de 28 anos, foi preso após o incidente, que ocorreu na porta do prédio onde ele reside, na rua Siqueira Campos.

Segundo o relato feito à Polícia Civil do Rio de Janeiro, Meyniel conheceu Yuri na porta de uma boate no mesmo bairro, por volta das 5 horas da manhã. Os dois se envolveram e teriam ido juntos para a casa de Yuri. No entanto, a situação mudou quando uma mulher que mora com o agressor apareceu no local. Yuri teria se exaltado e começado a agir de forma violenta, levando Meyniel para fora do apartamento até a portaria.

A defesa alega que a agressão foi motivada por homofobia, pois, além das ofensas, Yuri teria reagido de forma exagerada quando Meyniel mencionou que eles estavam se beijando na frente do porteiro. As imagens das câmeras de segurança do condomínio capturaram o momento em que o agressor desferiu cerca de 40 socos no rosto da vítima às 8h24 da manhã. Surpreendentemente, o porteiro presenciou a cena e não interveio, sendo posteriormente indiciado por omissão de socorro.

Após a agressão, Yuri deixou Meyniel caído no hall do prédio e alegou que iria para a academia do condomínio. Meyniel, por sua vez, procurou ajuda de um policial, que o conduziu até a delegacia. O caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia de Copacabana e está sob investigação da delegada Débora Rodrigues. A mãe de Victor, Regina Meyniel, também esteve presente na delegacia.

Em seu depoimento à Polícia, Yuri alegou que havia conhecido Victor em uma festa e que este teria desrespeitado sua esposa, justificando assim a agressão. No entanto, as autoridades descobriram que Yuri não era militar, apesar de ter se identificado como médico e militar do Hospital Central da Aeronáutica.

Victor Meyniel passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal e realizou uma tomografia da cabeça em uma clínica, apresentando inchaços no rosto, sangramentos na boca e no nariz, além de dores de cabeça. A defesa está alegando a ocorrência dos crimes de homofobia e lesão corporal. Desde 2019, a prática de homofobia é considerada crime pelo Supremo Tribunal Federal, sujeita a punições imprescritíveis e inafiançáveis.

Até o momento, a defesa de Yuri não foi localizada, e a Polícia planeja ouvir o depoimento da mulher que estava presente no apartamento. O condomínio será notificado para fornecer as gravações das câmeras de segurança de todas as áreas por onde os envolvidos passaram. A Polícia Civil solicitou a conversão do auto de prisão em flagrante para prisão preventiva de Yuri.

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