Hamas aceita proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada por enviado dos EUA
O grupo Hamas aceitou uma proposta norte-americana de cessar-fogo na Faixa de Gaza, segundo informações divulgadas por agências internacionais nesta segunda-feira (26). A decisão foi confirmada por uma fonte palestina próxima ao movimento, citada pela agência de notícias francesa AFP.
A proposta foi encaminhada ao Hamas por meio de mediadores regionais e apresentada pelo enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff. Segundo a fonte, o plano prevê uma trégua de 70 dias e inclui a libertação de 10 reféns atualmente em poder do grupo.
“O Hamas aceitou a nova proposta do enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, que o movimento recebeu dos mediadores e que insiste num cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza”, disse o informante palestino à AFP, sob condição de anonimato. A fonte acrescentou que o grupo extremista já comunicou formalmente aos mediadores sua decisão de aceitar os termos do acordo.
A movimentação diplomática ocorre em meio a uma escalada de violência na região e a repetidos apelos da comunidade internacional por uma solução pacífica. A aceitação da proposta por parte do Hamas pode representar um avanço significativo nos esforços para encerrar o conflito, que já deixou milhares de mortos e milhões de desalojados.
Por outro lado, Israel teria rejeitado a mais recente versão do plano, de acordo com informações divulgadas anteriormente pela agência espanhola EFE. O governo israelense teria se oposto a um cessar-fogo de dois meses em troca da libertação dos reféns e do encerramento negociado da ofensiva militar em Gaza. Apesar da recusa, Tel Aviv afirmou que ainda apoia a estrutura geral da proposta encaminhada por Witkoff.
O desenrolar das negociações deverá ser acompanhado de perto por líderes regionais e internacionais, com atenção especial ao posicionamento oficial de Israel nos próximos dias. Caso ambas as partes cheguem a um consenso, o acordo poderá abrir caminho para uma trégua duradoura em uma das regiões mais instáveis do mundo.
Por Redação Gazeta Rio
