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HACKERS INVADEM SITE DO GOVERNO ARGENTINO E PUBLICAM MENSAGENS CONTRA MILEI

O Ministério da Inovação, Ciência e Tecnologia da Argentina confirmou o ataque através de uma postagem nas redes sociais

Na noite de Natal, o portal oficial do governo argentino, ‘Mi Argentina’, foi alvo de um ataque cibernético que comprometeu a página principal e diversos serviços oferecidos aos cidadãos, informa O Globo. Durante cerca de uma hora, os hackers alteraram os cabeçalhos e rodapés do site, que ficou fora do ar, impossibilitando o acesso dos usuários a serviços essenciais, como o pagamento das tarifas de transporte por meio do aplicativo “Sube”.

O Ministério da Inovação, Ciência e Tecnologia da Argentina confirmou o ataque através de uma postagem nas redes sociais, apontando que se tratou de uma ação de cibercriminosos. Além das modificações na página, os hackers publicaram vídeos do rapper Homer el Mero Mero e deixaram mensagens ofensivas, incluindo o comentário “foda-se Milei”, uma crítica ao presidente argentino, além de comentários antissemitas.

Ainda durante a madrugada de quarta-feira, o ministério se posicionou nas redes sociais, destacando que o incidente evidencia a vulnerabilidade dos sistemas eletrônicos do governo. A publicação aproveitou para questionar a gestão dos governos anteriores: “O estado em que deixaram os sistemas de gestão eletrônica é inaceitável”, afirmaram. Além disso, o Ministério responsabilizou a oposição pela rejeição de um decreto que autorizava um investimento de 100 bilhões de pesos argentinos para a Secretaria de Inteligência do Estado (SIDE), argumentando que isso poderia ter evitado a falha nos sistemas de segurança.

Em um gesto provocador, um dos suspeitos do ataque postou uma série de stories no Instagram, mostrando as alterações feitas no portal e desejando “Feliz Natal para o governo”. O ataque aconteceu algumas horas após um grupo internacional de hackers divulgar dados roubados da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA), o que levantou mais preocupações sobre a segurança cibernética na Argentina.

Por Otávio Rosso

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