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GUARDA MUNICIPAL SERÁ INCORPORADA À NOVA FORÇA DE SEGURANÇA NO RIO

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), anunciou na noite desta quinta-feira (6) que desistiu do projeto original de criação da Força Nacional de Segurança e, em seu lugar, apresentará uma nova proposta que transforma a Guarda Municipal na Força Municipal de Segurança. A mudança atende à principal reivindicação da categoria e da Câmara dos Vereadores, onde o texto enfrentava forte resistência.

Segundo Paes, quando o projeto foi formulado, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não havia decidido sobre a possibilidade de a Guarda Municipal exercer policiamento ostensivo e preventivo. Além disso, o prefeito afirmou ter ouvido os vereadores da base aliada na última semana e incorporado sugestões ao novo texto.

“Na nova Força Municipal de Segurança, ou seja, nessa nova denominação da Guarda Municipal, vamos criar uma divisão de elite, com 4.500 homens até o fim de 2028, que vai ser chamada de Força de Segurança Armada. Essa força vai contar com regras e controles específicos e os guardas municipais atuais que quiserem fazer parte dela vão poder fazer, desde que se submetam ao processo interno de seleção e de treinamento”, explicou o prefeito.

O novo projeto será enviado à Câmara Municipal na próxima segunda-feira (10).

Câmara comemora mudança, mas relação com Paes segue estremecida

O presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), comemorou a decisão e destacou que a incorporação da Guarda era consenso entre os vereadores. “A nossa ideia é que a estrutura já existente da Guarda Municipal seja melhor aproveitada, com treinamento específico para uso de armamento. Entendemos que, dessa forma, o projeto geraria menos resistência”, afirmou.

A proposta original enfrentava dificuldades para ser aprovada, principalmente porque não incluía a Guarda Municipal. A crise política entre Paes e a Câmara se agravou após o prefeito exonerar todos os indicados políticos dos vereadores aliados. Mesmo parlamentares que o apoiaram na campanha e ajudaram a aprovar projetos impopulares, como as mudanças no Estatuto dos Servidores, foram atingidos, o que gerou insatisfação e cobranças.

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