GOVERNO PRORROGA FORÇA NACIONAL NO RIO ATÉ JANEIRO DE 2024
Medida já havia sido anunciada pelo ministro Flávio Dino e foi oficializada no Diário Oficial desta sexta (17)
O governo federal prorrogou nesta sexta-feira (17) a atuação da Força Nacional no Estado do Rio de Janeiro até o dia 31 de janeiro de 2024. A medida já havia sido anunciada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino e foi oficializada no Diário Oficial da União.
A portaria diz que os agentes de segurança vão atuar por mais 77 dias nas “atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”.
Como mostrou o Globo, a operação será comandada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e terá como foco o patrulhamento ostensivo em rodovias federais do Rio. O trabalho envolve a mobilização de 300 agentes e 80 viaturas.
A operação já vinha sendo realizada desde outubro. O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), solicitou a continuidade, atendida pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.
A ideia é que os policiais atuem sobretudo nas rodovias Presidente Dutra (BR-116), Rio-Magé (BR-116), Arco Metropolitano (BR-493) e Washington Luiz (BR-040). Mas os pontos de fiscalização podem variar conforme a demanda.-
Com a medida, o governo federal visa complementar a fiscalização que vem sendo realizada nos aeroportos e portos do Rio com o trabalho integrado da Aeronáutica, Marinha e Polícia Federal. A atuação dos militares foi autorizado por meio de um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vigora até 3 de maio de 2024.
Até lá, a presença da Força Nacional também pode ser prorrogada novamente.
No último mês, o Estado do Rio de Janeiro viveu momentos de crise na segurança pública. Em 23 de outubro, um ataque orquestrado por milicianos deixou um rastro de destruição no Rio, com pelo menos 35 ônibus, quatro caminhões e um vagão de trem incendiados. A ofensiva ocorreu em represália à morte de um paramilitar em confronto com a PM e prejudicou o transporte público em sete bairros do Rio — Paciência, Cosmos, Santa Cruz, Inhoaíba, Campo Grande, Guaratiba e Recreio dos Bandeirantes.
Alguns dias antes, em 5 de outubro, três médicos foram assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca — área nobre da Zona Oeste do Rio. A Polícia Civil suspeita que uma das vítimas foi confundida com um miliciano que era jurado de morte por uma facção criminosa.