O seu canal de Noticias

Governo federal mobiliza prefeitos para cadastrar atingidos pelas enchentes a fim de liberar auxílio

Ministros informam chegada de bombas de outros estados para retirar águas das cidades alagadas na região Metropolitana

O ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, se reuniu com o ministro das Cidades, Jader Barbalho, e os prefeitos da região Metropolitana de Porto Alegre, para tratar do cadastramento das casas atingidas pelas enchentes. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (17), quando foram atualizadas as ações do governo federal no estado.

Pimenta informou que o ministro Jader pediu para que as prefeituras fizessem um mapeamento poligonal das áreas atingidas pelas águas, para servir como critério para liberação de ajudas. Também anunciou que o presidente Lula se reuniria com os prefeitos de maneira virtual, para pedir o cadastramento das pessoas físicas prejudicadas pelas cheias em cada cidade, para poder liberar o Pix de R$ 5,1 mil.

Participaram da coletiva os representantes do governo federal presentes em Porto Alegre – além de Pimenta, o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o secretário nacional do Ministério da Saúde, Ariano Massuda. Inicialmente, foi apresentado um balanço de todas as atividades já desenvolvidas pelo governo federal em auxílio ao Rio Grande do Sul e a situação da região Metropolitana de Porto Alegre.

Limpeza em primeiro lugar

Pimenta afirmou que a região que teve mais pessoas atingidas pela tragédia climática no estado foi a Metropolitana. “Cerca de 70% das pessoas abrigadas no estado estão nessas localidades”, afirmou ele, ressaltando que o numero pode chegar a 80% se for levado em conta os que estão abrigados na cidade de Gravataí, que não foi tão atingida pelas águas.

Salientou que a tarefa mais urgente no momento é retirar as águas de Canoas, Porto Alegre e São Leopoldo para que se possa restaurar o sistema de proteção antes da chegada de novas chuvas, que estão previstas para quarta-feira (22).

Neste sentido, o governo federal articulou a vinda de 27 bombas de recalque de outros estados. São 18 equipamentos cedidos pela Sabesp, de São Paulo, sete do Ceará e uma de Alagoas. “As oito do Nordeste são do sistema de transposição das águas do rio São Francisco”, explicou.

O ministro Waldez disse que existe esta urgência para que se possa avaliar e precificar as necessidades reais para cada localidade atingida. Lembrou que algumas prefeituras do Vale do Taquari, onde a água já baixou, já eviram projetos e estão recebendo recursos para a reconstrução.

PImenta disse que o presidente Lula (PT) determinou que, num segundo momento, o governo federal quer ajudar a fazer um estudo para revitalizar todo o sistema de diques da região. “Certamente esses diques vão ter que ser levados, com a modernização do sistema de bombas e a complementação daquilo que não foi feito.”

Saúde: a urgência são doenças respiratórias

O secretário Adriano Massuda revelou que as possíveis doenças causadas pelas enchentes estão controladas: tétano, leptospirose e doenças do trato gástrico. A maior preocupação dos técnicos no momento são as do trato respiratório, comuns nesta época do ano pela chegada do frio e pela exposição das pessoas nos abrigos.

Conforme ele, o Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS) já investiu R$66 milhões. Lembrou que quatro hospitais de campanha estão praticamente prontos e já realizaram mais de 2,5 mil atendimentos em São Leopoldo, Canoas e Porto Alegre, e o último deles será construído ainda na próxima semana em Novo Hamburgo.

A novidade, segundo ele, é que serão criados mais 120 leitos hospitalares no sistema do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Também será liberada a contratação emergencial de mais 629 servidores da área para atuarem até dezembro, podendo ter seus contratos prorrogados até fevereiro do próximo ano.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.