GOVERNO DO ESTADO AMPLIA TARIFA SOCIAL PARA COIBIR EXPLORAÇÃO ILEGAL DE SERVIÇOS
Medida, para combater o braço financeiro de organizações criminosas, busca tornar o preço competitivo
A Ação Ordo, com 67 prisões em quatro dias, é um marco no combate ao crime no Rio de Janeiro. O governo estadual, em parceria com concessionárias como Iguá, Águas do Rio, Naturgy, Light, Oi e Claro, busca ampliar a tarifa social para famílias de baixa renda, tornando os serviços mais acessíveis e combatendo a exploração ilegal.
– O monopólio da força é do Estado. Não permitiremos que criminosos impeçam a atuação das concessionárias. Vamos combater o crime organizado cortando seu braço financeiro – afirmou o governador Cláudio Castro.
O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, destacou a importância de melhorar os serviços e as questões regulatórias para viabilizar a tarifa social. Ele mencionou que a inadequação dos serviços abre espaço para a exploração por criminosos, forçando moradores de áreas de baixa renda a recorrerem a serviços clandestinos. O Estado está presente nessas áreas para inibir a atuação criminosa e tornar os serviços legais acessíveis.
Durante a Ação Ordo, a Naturgy realizou 100 vistorias e recuperou 58 medidores. A Light inspecionou 18 estabelecimentos, calculando um prejuízo de R$ 280 mil com desvios. A Oi reconectou mais de 600 clientes na Cidade de Deus. A Águas do Brasil identificou 75% de perdas nas áreas atendidas.
– As concessionárias já são parceiras do Estado. Pedimos que ampliem a tarifa social e o Estado ajudará com mecanismos de compensação – ressaltou Nicola Miccione, secretário de Estado da Casa Civil.
Participaram da reunião os secretários André Moura e coronel Menezes. No quarto dia de ação, a Polícia Militar encontrou, na Cidade de Deus, munições, granadas, pistolas e carregadores enterrados, causando um prejuízo de R$ 177 mil aos criminosos. Agentes monitoraram transporte irregular em Taquara e Jacarepaguá, abordando 108 veículos e autuando 70. Em Vargem Grande, uma empresa de água operava irregularmente e teve suas atividades interrompidas. A Polícia Civil monitora 14 comunidades e a Chacrinha, na Praça Seca.