GOVERNO AVALIA RETORNO DO HORÁRIO DE VERÃO PARA EVITAR RACIONAMENTO DE ENERGIA
A seca deste ano já é considerada a pior da história do país, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem)
O Ministério de Minas e Energia estuda a retomada do horário de verão como uma das alternativas para evitar o racionamento de energia no Brasil, diante da seca extrema que atinge o país. A medida, que foi extinta em 2019 por Jair Bolsonaro (PL), voltou à mesa de discussões devido ao agravamento da crise hídrica, informa a Folha de S. Paulo.
Com a intensificação da seca, que tem afetado de forma severa regiões como a Amazônia, o governo já tomou medidas emergenciais, como a ampliação das autorizações para o funcionamento de usinas termelétricas a gás, além do aumento das bandeiras tarifárias na conta de luz. A ideia de retomar o horário de verão, uma medida que historicamente visa reduzir o consumo de energia elétrica, surge como uma opção adicional, embora ainda não haja previsão de implementação.
Nos últimos anos, o governo descartou a necessidade da medida. Em 2023, por exemplo, apesar da seca, técnicos do Ministério de Minas e Energia concluíram que os níveis dos reservatórios hídricos estavam suficientemente altos, o que afastou o risco imediato de racionamento. Em 2024, a situação é considerada menos grave do que em crises históricas, como a de 2021, devido a medidas de retenção de água adotadas ao longo do ano.
Mesmo com uma situação que ainda não é alarmante em termos de reservatórios, a seca deste ano já é considerada a pior da história do país, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem).
Nesta terça-feira (10), o presidente Lula (PT) visitou a região Norte e anunciou a criação de uma autoridade climática e o marco legal da emergência climática, como resposta aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Além disso, o governo reforçou o uso de termelétricas em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sergipe, para garantir o fornecimento de energia em meio à crise.
Por: 247