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GOVERNO APOIA INSTALAÇÃO DA CPMI DO DIA 8 DE JANEIRO, AFIRMA PADILHA

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo após divugação de imagens internas do Palácio do Planalto

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (19) que o
“vazamento do vídeo editado” em que aparece o general da reserva e então ministro-chefe do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias no Palácio do Planalto, no dia 8 de
janeiro, criou “um fato político novo” e que, diante disso, o governo federal é favorável a
instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CMPI) no Congresso Nacional para
apurar os responsáveis pelo dia das invasões.
Nesta quarta-feira (19), o general GDias, como é conhecido o militar, pediu exoneração do
cargo após revelação das imagens pela “CNN” sobre a presença dele no Palácio do Planalto no
dia das invasões. O chefe do GSI estava acompanhado de subordinados e na presença de
bolsonaristas radicais dentro da edificação.
"O vazamento editado cria uma nova situação política e orientamos os líderes a afirmar que,
caso a sessão do Congresso tenha a leitura da CPMI, caso seja feita a leitura, nós apoiaremos a
instalação”, afirmou.
O ministro de Relações Institucionais afirmou que a instalação da CPMI será uma "pá de cal"
na tentativa de parlamentares da oposição de criarem o que ele chamou de "teoria
terraplanista" e “teoria conspiratória” de que integrantes do governo Lula e petistas estariam
envolvidos nos atos.

Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, garantiu que irá ler requerimento de
criação da CPMI do 8 de janeiro em 26 de abril
“Vamos enfrentar este debate político que estão tentando criar por aqueles que passaram
pano para os atentados do dia 8 de janeiro” .
Questionado sobre o pedido de demissão de GDias, Alexandre Padilha afirmou que é a melhor
forma dele "se defender e apresentar a sua versão, apresentar as motivações e sua atuação ao
combate aos atos terroristas do dia 8 de janeiro".
Em seguida, Padilha disse que as "imagens editadas e vazadas" não são suficientes para
"destruir a biografia" do militar. O ministrou mostrou "estranhamento" diante do fato dos
vídeos aparecerem "borrados" com rosto de alguns militares funcionários.
Gongalves Dias é o primeiro ministro a sair do governo. Ele tinha ocupado o mesmo cargo nas
duas primeiras gestões do presidente Lula (2003-2010). Dias era tido como ministro da cota
pessoal do petista para o primeiro escalão do governo.

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