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GOVERNISTAS JÁ AVALIAVAM DPVAT COMO “VENCIDO” ANTES DE REVOGAÇÃO PELA CÂMARA

Parlamentares governistas já avaliavam o SPVAT, seguro indenizatório para acidentes no trânsito que substituiu o DPVAT, como “vencido” antes mesmo de a Câmara dos Deputados revogá-lo, na quinta-feira (19), por meio de emenda incluída no projeto de lei complementar (PLP) do pacote fiscal.

A avaliação é de que a recusa de governadores estaduais, especialmente do Sul, Sudeste e Centro-Oeste em firmar convênios para a cobrança do seguro impossibilitava a operacionalização — indica em entrevista à CNN Carlos Zarattini (PT-SP), que relatou o PLP da retomada do DPVAT na Câmara.

“O governo não tinha meios para cobrar e não se efetivaram os convênios com os estados. Era necessário uma lei complementar para revogar a medida, que foi aprovada em lei complementar, e o pacote foi uma oportunidade. Era uma situação que já estava colocada antes”, disse.

Segundo o deputado, a maior parte dos governadores do país rejeitaram firmar os convênios. Governadores de centro-direita como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO), Ibaneis Rocha (DF), Ratinho Júnior (PR), Jorginho Mello (SC) se negaram publicamente a cobrar o seguro.

O SPVAT previa que o pagamento ocorreria, quando houvesse convênio, junto ao IPVA ou licenciamento. A alternativa seria a cobrança diretamente pela Caixa Econômica Federal — e com uma série de estados e milhares de veículos nesta situação a operacionalização seria “quase impossível”, na avaliação dos governistas.

Zarattini destaca que o fim do seguro não representa perdas de receita ao governo, visto que a arrecadação seria destinada à indenização das vítimas: “o recurso era para pessoas que se acidentassem. Então quem perdeu foram as pessoas mais pobres”, disse.

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