O seu canal de Noticias

GOVERNADOR DEFENDE DERRUBADA DE VETO PRESIDENCIAL AO PROPAG E ALERTA PARA RETROCESSO NO EQUILÍBRIO FISCAL

O governador Cláudio Castro reiterou nesta semana a importância da derrubada do veto presidencial a trechos cruciais da Lei Complementar nº 212/2025, que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados e do Distrito Federal (Propag). O programa, resultado de longas negociações entre os estados e a União, representa um passo fundamental para a recuperação fiscal do Rio de Janeiro, permitindo a renegociação da dívida pública estadual em condições mais justas e sustentáveis. A derrubada do veto é crucial para garantir a saúde financeira do estado e viabilizar investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e segurança.

Castro participou da abertura do ano legislativo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e aproveitou a ocasião para defender a derrubada do veto presidencial, que impede a utilização do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) como ativo nas operações de renegociação da dívida e impõe restrições ao escalonamento dos pagamentos.

– Pela primeira vez, a gente entrou num programa onde a gente ia parar de fazer paliativos e ia começar a ter uma dívida pagável, a ter uma dívida que tende ao zero e não tende ao infinito, como é essa dívida hoje – afirmou o governador. – Então, o que mais chamou a atenção da gente foi que o Governo Federal participou de toda a negociação, autorizou tudo o que foi votado e depois vetou aquilo que ele mesmo negociou e autorizou. Por isso a gente entende a legitimidade da derrubada do veto, porque a própria União aceitou aquelas condições e depois ela vetou.

O governador lembrou que a dívida do estado é um problema histórico, herdado de gestões anteriores, e que sua gestão foi a primeira a buscar uma solução definitiva junto ao Governo Federal.

– Tem que entender que é uma dívida (a do Estado do Rio de Janeiro) construída em outras gestões. A dívida que hoje está na casa de R$ 211 bilhões, só a minha gestão já pagou R$ 15 bilhões, e de 97 para cá o Estado do Rio de Janeiro já pagou mais de R$ 132 bilhões de reais. Então, nesses últimos seis anos, não há nenhuma dívida nova contraída pelo Estado. Só juros sobre juros sobre juros, sobre juros, o que se torna impagável.

Castro criticou o veto presidencial, que, segundo ele, representa uma quebra de acordos e um retrocesso no processo de renegociação da dívida.

– Isso é uma quebra de acordos, isso é uma quebra de diálogo, isso é uma quebra da democracia, é uma quebra da institucionalidade. Acho que quando as instituições perdem a confiança no diálogo, você está fazendo um ferimento de morte na democracia. Tanto se fala em democracia hoje, e isso com certeza é um ferimento de morte na democracia, quando as instituições já não têm mais esse processo de confiança, de uma negociação limpa, clara, que aquilo depois seja vetado.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.