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GOVERNADOR CLÁUDIO CASTRO APRESENTA O PLANO ESTADUAL DE COMBATE À DENGUE

Com investimento de R$ 3,7 milhões, até 8 mil pacientes poderão ser atendidos por dia nas salas especiais. O Estado está preparado também para converter 160 leitos de nove hospitais para tratamento da doença

O Plano Estadual de Combate à Dengue no Rio de Janeiro foi apresentado pelo governador Cláudio Castro e pela secretária de Saúde, Claudia Mello. Com um investimento de R$ 3,7 milhões, o plano inclui a criação de 80 salas de hidratação, com capacidade para atender até 8 mil pacientes diariamente. Equipamentos e insumos serão distribuídos aos 92 municípios com maior incidência da doença.

Além da estrutura física, o governo estadual implementou treinamento para 2.000 médicos e profissionais de saúde, focando no diagnóstico preciso e tratamento adequado, especialmente para gestantes. A possibilidade de converter 160 leitos em nove hospitais de referência para tratamento da dengue também está em consideração.

O governador destaca que o plano não é uma iniciativa isolada, mas parte de ações diárias para mitigar o impacto da doença. O Rio de Janeiro segue uma tendência de alta nos casos, com 9.963 notificações nas três primeiras semanas de janeiro, representando um aumento de 587% em relação ao mesmo período do ano anterior. O boletim semanal do Centro de Inteligência mostrou que o estado está acima da média histórica, com oito das nove regiões apresentando números elevados, especialmente em Resende, Itatiaia e Rio das Ostras.

A Secretaria de Saúde utiliza a Central de Inteligência em Saúde para monitorar diariamente a incidência de casos, possibilitando a tomada de medidas para conter o avanço da doença. A circulação dos sorotipos 1 e 2 do vírus da dengue foi identificada no Rio de Janeiro, enquanto o sorotipo 3, ausente no estado desde 2007, está presente em Minas Gerais e São Paulo. A SES-RJ monitora os sorotipos nas rodovias que se conectam com outros estados do Sudeste.

A capacitação realizada pela Organização Panamericana de Saúde (Opas) envolveu treinamento teórico e prático, simulando a resposta a uma possível epidemia e apoiando as prefeituras na elaboração de planos de contingência. A vacinação contra a dengue, segundo o Ministério da Saúde, começará em fevereiro, inicialmente atendendo municípios de grande porte com alta transmissão do vírus nos últimos 10 anos, focando em crianças e jovens de 10 a 14 anos, com esquema vacinal de duas doses a cada três meses.

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