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GOOGLE I/O 2023: GOOGLE APRESENTA DOBRÁVEL PIXEL FOLD E UM TABLET. TUDO EMBRULHADO EM MUITA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Além do seu primeiro smartphone dobrável Pixel Fold, na conferência Google I/O foi revelado o novo Pixel Tablet, assim como novidades para o sistema operativo Android. Mas a estrela do evento foi a inteligência artificial, que abraça todos os serviços e equipamentos.

Hoje é dia da conferência Google I/O, um evento onde a gigante tecnológica apresenta as suas novidades. Foi neste palco que a Google apresentou no ano passado o Android 13, um novo Pixel Watch e a família de smartphones Pixel 7. O evento serviu ainda a confirmação de que um smartphone com ecrã dobrável estava mesmo em produção, levantando a ponta do véu. E se há uma confirmação para o evento de hoje é mesmo a revelação oficial do Pixel Fold, que já mereceu um pequeno vídeo de teasing. O smarphone dobrável chega em junho por 1.799 dólares, com a pré-reserva a começar hoje com oferta de um smartwatch. Mas houve muitas novidades, tudo em torno da inteligência artificial.

O evento parece mesmo focar-se na inteligência artificial como tema de fundo. O pré-show mostrou um músico a cantar e a letra ia sendo ilustrada com imagens geradas por IA, supostamente em tempo real. O músico foi convidado pela Google para ver os avanços da empresa e como a IA poderia ajudar nas suas atuações, que depois foram utilizadas na sua atuação ao vivo. Mesmo o countdown do início do programa foi inspirado em pesquisas de IA.

As inovações da IA nos produtos da Google

Coube, como sempre, ao CEO da Google, Sundar Pichai, a abertura do evento em Mountain View, desta vez em “carne e osso” para um discurso baseado obviamente nos avanços realizados na inteligência artificial e como esta tem de ser útil para todos. “Como sabem, a IA tem dado muito que falar no último ano, por isso temos muito para revelar”, começou por dizer. Com a IA generativa pretende dar o próximo passo nos seus produtos, incluindo a Pesquisa. E forneceu alguns exemplos de como a IA pode ajudar nas aplicações. O Gmail tem vindo a receber funções de IA, tais como a composição inteligente, seguindo-se as sugestões de respostas, com a possibilidade de elaborar textos mais complexos. A ajuda a escrever os textos dos mails pretende facilitar o trabalho.

Seguiu-se o exemplo do Google Maps, tendo apresentado a Immersive View no último ano. A IA vai ajudar os utilizadores a encontrar mais facilmente os caminhos para os seus destinos, através do Immersive View. Os utilizadores podem fazer zoom e aproximar a visão detalhada e em 3D do percurso a fazer. E como novidade mostra o trânsito e o estado do tempo em tempo real. Até ao final do ano chega a 15 cidades, incluindo Londres, Tóquio e São Francisco.

Na pesquisa, pretende elevar as simples buscas através da IA. O Magic Eraser, estreado no Google Pixel, evoluiu para Magic Editor, dando aos utilizadores maior controlo criativo na edição. Os utilizadores podem adicionar elementos ou separar os sujeitos e objetos da imagem, realinhando a sua posição, criando mensagens visuais totalmente distintas. A ferramenta vai chegar ao Google Photos no final do ano.

A empresa diz que tem mais de 15 produtos para mostrar durante o Google I/O, a maioria melhorados com IA, ajudando no conhecimento e aprendizagem, na criatividade e produtividade, permitir que todos construam produtos com responsabilidade.

O PalM 2 foi anunciado, baseado numa nova infraestrutura e tem 25 produtos baseados na tecnologia. A versão Gecko é para smartphones, um modelo de treino baseado em textos multilingue, suportando mais de 100 idiomas. Um utilizador pode estar a colaborador de uma língua estrangeira, pedir uma alteração a um código de programação em coreano e o outro entender no seu idioma. A IA deteta mais facilmente bugs de programação, ajudando os developers nos seus projetos. O PaLM 2 já se encontra em versão de preview para os programadores. Falando da DeepMind, a equipa da Google está a trabalhar no seu próximo modelo de IA, o Gemini, criado para ser multimodelo, com integrações de API. Ainda está nas versões preliminares, mas espera ter capacidades semelhantes ao PaLM 2.

Novidades do sistema de IA generativo Bard

O watermarking ajuda a incluir informações nas imagens desde o início. E os Metadados permite aos criadores de conteúdos adicionar mais informações nas suas imagens, de forma a protegê-las da manipulação da IA. Passando ao Bard, Sundar Pichai diz que está a funcionar totalmente no ambiente PaLM 2. É referido que o Bard já aprendeu mais de 20 línguas, desde Python, C++, SQL, etc. Escrever um código de xadrez em Python é muito fácil com o seu novo sistema e inclui um sistema de citações importantes. Outra novidade é a possibilidade dos utilizadores ativarem o Dark Mode no Bard.

O Bard já faz respostas automáticas no Gmail e Docs, demonstrando que a Google começa a utilizar o seu modelo de IA nos seus principais produtos. Além disso, disponibilizou ferramentas para o Bard para os seus parceiros, referindo que estes passam a ter todo o controlo, de forma segura, das novidades no Bard. Nas próximas semanas promete ser mais visual, nas prompts adicionadas, oferecendo textos acompanhados com imagens. O Lens também vai beneficiar do Bard. Na demonstração, a IA listou diversas legendas cómicas a partir de uma foto de dois cães. Vai ser possível criar cartas de apresentação através do Bard, ou ajuda na escolha das escolas dos interesses que tem. Mais que uma lista de resultados, é possível pedir a sua localização num mapa.

O sistema de IA inclui o Adobe Firefly, oferecendo imagens criativas geradas por inteligência artificial. A partir de hoje, 180 países passam a ter acesso direto ao Bard, sendo retirada a lista de espera. além de inglês pode utilizar o Bard em coreano e japonês. Em breve vai chegar a 40 novos idiomas.

Quanto ao Workspace, a Google afirma que os utilizadores podem colaborar em tempo real graças à IA. O Docs tem vindo a ajudar a criar textos e cartas de currículo, pegando em algumas frases do utilizador, sendo personalizada com as qualificações, poupando tempo ao utilizador. O Sheets também vai permitir uma maior organização, por exemplo, criar modelos de negócio baseados em algumas prompts dadas pelo utilizador. O Slides é a ferramenta da Google para criar apresentações. Pode escrever algo e são geradas imagens automaticamente que o utilizador pode optar para ilustrar o documento. Estas novidades chegam num novo serviço chamado Duet AI for Workspace.

Há um sistema colaborativo com a IA, num painel lateral, que faz perguntas sobre o texto que está a escrever, uma história, por exemplo. A IA reage a sugerir mudanças de rumo da narrativa, por exemplo. Pode ainda sugerir imagens baseado no texto e inserir no projeto para o ilustrar.

O futuro da Pesquisa do Google

A Pesquisa foi outro tema do Google I/O e como não podia ser, a IA generativa foi adicionada à plataforma. Quando pesquisa, há agora uma nova área, composta por temas escritos por IA Generativa. Além dos resultados convencionais, a IA pode fazer sugestões adicionais dos produtos que encontra. Por exemplo, na pesquisa de um a bicicleta, a IA pode dar vantagens, desvantagens, stocks e outras informações relacionadas com os temas listados, da forma mais relevante possível para o utilizador. A Google promete mais transparência, assinalando os produtos que são promovidos no serviço.

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