G20 SOCIAL: RELATÓRIO SUGERE TRIBUTAÇÃO DE PESSOAS SUPER-RICAS
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, destacou nesta quinta-feira (7) a importância da inclusão da sociedade civil nas discussões da cúpula do G20, que será realizada este mês no Rio de Janeiro. Segundo ele, a criação do “G20 Social” pelo Brasil visa dar voz aos anseios da população sobre os temas abordados pelos chefes de Estado e outras autoridades.
Macêdo revelou que o relatório final do G20 Social, a ser entregue ao presidente Lula, incluirá uma proposta de tributação de 2% sobre o patrimônio dos super-ricos, impactando cerca de três mil pessoas que, juntas, possuem aproximadamente 15 trilhões de dólares. Os recursos seriam direcionados ao combate à fome, pobreza e às mudanças climáticas.
“Os chefes de Estado vão definir políticas que afetam o mundo inteiro, então, por que a população não participa desse processo?” questionou o ministro em entrevista ao programa *Bom Dia, Ministro*, do Canal Gov da EBC. “O G20 Social convida o povo a contribuir com esse processo”, completou.
A Cúpula do G20 Social será realizada entre 14 e 16 de novembro, precedendo a reunião de líderes das maiores economias, marcada para os dias 18 e 19. Esta iniciativa brasileira tem o objetivo de ampliar a participação de atores não-governamentais no G20.
Macêdo também ressaltou que os debates do G20 Social vão abordar três grandes temas: combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável (incluindo mudança climática e transição energética); e a reforma da governança global. Mais de 200 atividades autogestionadas, representando diversas vozes e lutas, estão programadas. Haverá, ainda, um espaço com 150 barracas para venda de artesanatos, publicações e alimentos.
O evento deve resultar em um documento síntese, representando as contribuições da sociedade civil, que será entregue a Lula e aos chefes de Estado do G20. “Nossa intenção é que as contribuições do G20 Social sejam incorporadas na Declaração de Líderes do G20”, enfatizou Macêdo.
O ministro afirmou ainda que o G20 Social será mantido na próxima cúpula, em 2025, na África do Sul. “Nossa esperança é que o G20 nunca mais aconteça sem a participação do povo”, disse.
A cúpula, organizada em 13 grupos de engajamento, será aberta ao público mediante credenciamento online até o dia 12 de novembro. A cerimônia de abertura, no dia 14, contará com a presença de autoridades como o ministro Macêdo, a Primeira-Dama Janja da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.Enem 2024: quase 10 mil inscritos têm mais de 60