“FUGITIVOS DE MOSSORÓ ESTAVAM EM UM COMBOIO DO CRIME”, DIZ LEWANDOWSKI
“Toda operação sem nenhum tiro. Tudo feito com trabalho de inteligência”, disse ministro da Justiça, em pronunciamento após recaptura dos presos
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse à imprensa nesta quinta-feira (04) que os fugitivos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça estavam “em um verdadeiro comboio do crime” quando foram encontrados por policiais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal por volta das 13h de hoje em Marabá, interior do Pará.
Lewandowski confirmou, ainda, a informação dada pela CNN de que os criminosos vão retornar para o Presídio Federal de Mossoró, de onde conseguiram fugir em fevereiro desde ano.
Na coletiva, o ministro informou que outras quatro pessoas estavam nesse comboio, fazendo a segurança e auxiliando no transporte dos fugitivos. Segundo Lewandowski, os criminosos foram recapturados após serem cercados em uma ponte na rodovia federal BR-222. Policiais federais e rodoviários federais fecharam os acessos da ponte.
Ainda segundo o ministro, a operação aconteceu “sem que nenhum tiro fosse disparado”.
Ricardo Lewandowski reforçou, durante a coletiva, que o objetivo dos fugitivos era sair do país. E que estavam contando com ajuda de facções criminosas para isso. “Eles foram encontrados a cerca de 1600 km do local da fuga, o que demonstra que foram ajudados por criminosos externos, tiveram auxílio de comparsas e organizações criminosas às quais pertenciam. Eles estavam se dirigindo para o exterior.”
O ministro ressaltou o número de presos desde o início da operação de busca pelos fugitivos de Mossoró. “Importante dizer que, desde o começo, 14 pessoas, contando os detidos de hoje, foram presas envolvidas nessa fuga.”
Como foi a fuga
Segundo investigações preliminares, Deibson e Rogério fugiram da cela pelo espaço de uma luminária e, em seguida, se deslocaram até chegar ao telhado. Eles teriam descido por um poste de iluminação.
Na última terça-feira (2), a Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais informou ter concluído o relatório que apura as responsabilidades no caso. O órgão, pertencente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, admite falhas de procedimentos, mas afirma que não identificou indícios de corrupção no caso.
Até o início da semana, oito pessoas já haviam sido presas sob suspeita de terem ajudado Deibson e Rogério.