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FIA DEFENDE CHECAGEM ALEATÓRIA DE CARROS NOS GPS DA F1 2023

Após exclusão de Hamilton e Leclerc no GP dos EUA, entidade alega que seria impossível verificar todos os 20 carros do grid; apenas Verstappen e Norris passaram pela mesma inspeção em Austin

A desclassificação de Lewis Hamilton e Charles Leclerc no GP dos Estados Unidos, no último domingo, segue repercutindo na F1. Os dois pilotos foram excluídos da prova em Austin por desgaste excessivo da prancha do assoalho, atestado em checagem da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Em nota, a entidade que rege a elite do automobilismo defendeu que o processo siga aleatório, alegando que seria impossível inspecionar todos os 20 carros do grid por limitações logísticas.

– Ainda que uma ampla variedade de checagens seja feita, é impossível cobrir todos os parâmetros de cada carro no curto tempo disponível (entre GPs). E isso é especialmente verdadeiro em fins de semana com rodadas duplas, onde prazos dos fretes também devem ser considerados. É por isso que o processo de selecionar aleatoriamente um número de carros para a inspeção pós-corrida sobre vários aspectos do regulamento é tão valioso – diz trecho da nota da FIA, que segue:

– Cada equipe está ciente de que a seleção é possível e entende que a chance de qualquer infração ao compliance ser descoberta é forte. (…) Como tudo na F1, o processo evoluiu e foi refinado ao longo dos anos para constituir o mais rigoroso e minucioso método para monitorar os carros incrivelmente complexos da atual geração da F1.

Além de Hamilton e Leclerc, a RBR de Max Verstappen e a McLaren de Lando Norris também foram verificadas, sem infrações descobertas. Como metade dos carros inspecionados apresentou violações ao regulamento, surgiram questionamentos a respeito da conformidade de outras pranchas pelo grid.

A FIA destaca que, além dos procedimentos realizados entre a classificação e a corrida, um carro do grid é selecionado a cada fim de semana para uma análise mais detalhada – e que por vezes inclui o desmonte de determinadas peças.

– Esses “mergulhos profundos” são invasivos e frequentemente requerem a desmontagem de componentes significativos que não são regularmente checados devido ao tempo que o procedimento leva. Esse processo envolve comparar os componentes físicos com os projetos que os times são obrigados a fornecer à FIA, assim como a verificação de dados da equipe, que são constantemente monitorados pelos engenheiros de software da FIA.

A prancha do assoalho foi introduzida na F1 no GP da Alemanha de 1994, em resposta às mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger no GP de San Marino. A peça evita que os carros andem com o assoalho excessivamente rente ao chão e, com isso, obtenham benefício aerodinâmico. Ela também ameniza o impacto do efeito solo, que retornou à categoria em 2022, com a adoção do novo regulamento técnico. Entenda melhor aqui.

A F1 2023 segue para o GP do México, segunda etapa de uma rodada tripla nas Américas, já neste domingo, 29 de outubro.

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