Fãs de Taylor Swift do Rio superam perrengues da fila e celebram ingresso na mão
Primeira a comprar veio da Região Serrana.
Fãs cariocas e fluminenses de Taylor Swift vibraram quando, depois de horas na fila em volta do Estádio Nilton Santos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, finalmente conseguiram sair com o ingresso do show de novembro na mão, às 10h desta segunda-feira (12).
A primeira a celebrar foi Marcella Costa Queiroz, de 26 anos, que saiu de Cachoeiras de Macacu, na Região Serrana, até o “acampamento” no Engenho de Dentro.
“Eu tô muito emocionada, tô me tremendo, acho que não faria isso pra mais ninguém no planeta”, disse. “Passei sufoco de dormir no chão, de não ter o que comer, mas eu acho que todo mundo tem o que ama e que não podemos julgar a obsessão do outro”, emendou.
A artista viria em 2020 para a turnê de um álbum só — que a pandemia melou —, mas este ano serão 3 horas de duração, visitando músicas de todos os seus discos.
“É o primeiro show dela no Brasil. A turnê dessa agora é para todas as eras da Taylor Swift. É uma coisa que não dá para explicar, superbem planejada, muito emocionante. Eu quero ver tudo o que tem de novo. Em cada lugar que ela vai, ela tem músicas especiais que ela canta, eu quero ver qual vai ser a do Brasil. Será que vai ser a da Paula Fernandes, ‘Long Live’?”, chutou Marcella.
Inspirada pelas obras de Swift, Marcella fez uma tatuagem no pulso da música ‘Fearless’ com apenas 18 anos. Para ela, a artista canta para meninas e mulheres, relembrando seus momentos canônicos da adolescência, mas estimulando a aprender com as lições da vida.
Farra dos cambistas
Além da expectativa, a espera no Niltão também foi marcada por revolta com cambistas que tentavam a todo instante furar a fila.
Julio Ryan, de 19 anos, veio diretamente de Minas Gerais quando soube que a artista viria ao Brasil, anunciada há um mês, e reclamou da desorganização.
“Tem que ter peito, porque comprar on-line é muito difícil. A gente aqui acampou para conseguir, e mesmo assim vai ter um monte de gente que não vai ter. Tem mais de 300, 400 pessoas na fila e acabou o ingresso [meia] na 30ª pessoa. Não tem sentido isso.”
Julio acabou comprando ingresso para uma amiga de fila que perdeu o lugar na hora do regradeamento. Fabricia Reis, de 19 anos, o abraçou emocionada quando saíram com o par de ingressos.
Fabricia Reis e Julio Ryan — Foto: Maria Eduarda Barbosa/g1
“É um descaso. Quando acontece alguma manifestação deles [cambistas] aqui na fila, eles acabam ameaçando os fãs porque eles querem comprar e revender e acabam tirando o sonho de muitos de nós. Quando fomos reclamar com quem é responsável pelos ingressos, eles ignoram e acabam fortalecendo esses cambistas”, reclamou Luciana Machado, de 23 anos.
Ana Clara Galati, de 19 anos, afirmou que a ação dos cambistas vem acontecendo há muito tempo e muitos fãs sentem a falta de segurança no momento que aguardam a compra do ingresso.
“A gente fica nesse sentimento de insegurança, de não saber o que pode acontecer com a gente a qualquer momento”, lamentou.
“A noite passada a gente passou a noite aqui, só que estava muito perigoso. A gente ficou com medo de vir, de acontecer alguma coisa, vimos vários relatos de assalto, de agressão, então a gente ficou com muito medo mesmo”, afirma a fã Isabella Brasil, de 19 anos.
*estagiária, sob supervisão de Eduardo Pierre
Fãs acampam na porta do Engenhão para comprar ingressos para o show da Taylor Swift — Foto: Lucas Madureira / TV Globo
Por: G1