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EXPOSIÇÃO ITINERANTE APRESENTA TRAJETÓRIA DE GRANDES NOMES DO SAMBA A ALUNOS DA REDE PÚBLICA

Promovida pelo Museu do Samba, mostra deverá percorrer cinco escolas municipais do Rio até dezembro

Rio – O Museu do Samba, na Mangueira, está promovendo uma exposição itinerante com objetos do acervo da instituição em colégios públicos. O projeto de educação antirracista, que beneficiará, até o fim do ano, cerca de dois mil alunos do ensino fundamental, começou na Escola Municipal Jackson Figueiredo, Barra da Tijuca, nesta terça-feira (30). 

A mostra “Samba Nego Miudinho” conta a história social do gênero e suas origens, destacando a trajetória de grandes nomes. Além disso, livros de autores negros são disponibilizados aos estudantes.

Na abertura, um bate-papo reuniu alunos e as integrantes do grupo Matriarcas do Samba, formado por Nilcemar Nogueira, Vera de Jesus e Selma Candeia, respectivamente netas de Cartola e Clementina de Jesus, e filha do compositor Candeia. Na sequência, o trio vocal relembrou clássicos e contou histórias dos bastidores da criação de grandes obras da música popular brasileira.

“É um projeto cultural que tem uma proposta de educação antirracista e representa uma oportunidade prática de aplicação da lei que prevê o ensino da cultura afro-brasileira em nossas escolas. Priorizamos as escolas municipais localizadas próximas a morros e favelas, cujos estudantes são, em sua maioria, descendentes de negros mas que não têm acesso a livros e outros conteúdos que exaltem a cultura de seus ancestrais. O projeto também é uma oportunidade para os professores, que poderão trocar suas experiências sobre métodos de ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no cotidiano escolar”, destaca Nilcemar, fundadora do Museu do Samba.

Nos dias 6 e 20 de agosto, a exposição chega às escolas municipais Cinco de Julho, em Cascadura, na Zona Norte, e Presidente Café Filho, na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, beneficiando alunos do primeiro ao quinto ano. Outras duas unidades de educação serão contempladas até o fim do ano.

Referência

Fundado em 2001 pelos netos de Cartola e Dona Zica, o Museu do Samba nasceu com o nome de Centro Cultural Cartola, sendo batizado com o nome atual em 2015. O local possui um acervo de mais de 45 mil itens, além de 160 depoimentos originais gravados por grandes nomes da história do samba e do carnaval. A instituição foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro, em maio de 2024.

A instituição, que fica na Rua Visconde de Niterói, 1296, na Mangueira, funciona de terça a sábado, das 10h às 17h. A entrada custa R$ 20 (inteira).

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