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EX-SERVIDORES E CLÍNICAS INVESTIGADOS POR DESVIO DE VERBAS DO SUS EM BELFORD ROXO

Ex-servidores municipais de Belford Roxo, clínicas médicas e seus proprietários estão sendo investigados por integrar uma organização criminosa que usava estabelecimentos para desviar verbas do Sistema Único de Saúde (SUS). Na manhã de quarta-feira, 27 de novembro de 2024, a Polícia Federal realizou a Operação Tratamento Fake, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Niterói, Mesquita, Nilópolis e Seropédica, na Baixada Fluminense.

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti. De acordo com as investigações, o esquema criminoso envolvia o uso de documentos falsificados e informações fraudulentas para registrar tratamentos de fisioterapia e exames de imagem que nunca foram realizados, além de pedidos médicos duplicados. Essas falsificações permitiram o desvio de recursos públicos destinados ao SUS.

A apuração teve início após uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), em parceria com a Coordenadoria de Auditorias Temáticas e Operacionais do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ). A investigação revelou que várias clínicas foram selecionadas por meio de chamamento público para atuar em parceria com o município de Belford Roxo, e que essas clínicas estavam envolvidas nas fraudes. O prejuízo causado aos cofres públicos é estimado em mais de R$ 20 milhões.

A operação tem como objetivo aprofundar a coleta de provas e elementos que ajudem a calcular o valor total desviado, além de investigar a possível participação de outros servidores públicos no esquema criminoso. Os investigados podem ser acusados de organização criminosa e furto qualificado mediante fraude, utilizando dispositivos eletrônicos ou informáticos. Caso sejam condenados, as penas podem somar até 11 anos de prisão.

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