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ESTUDANTES DE COLÉGIO MILITAR CANTAM PALAVRAS DE ÓDIO DURANTE MARCHA GUIADA POR PM: ‘SE EU NÃO TE MATAR, VOU TE PRENDER’

A atividade foi liderada por um policial militar que ditava as frases enquanto os alunos as repetiam

Um vídeo divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira (21) expôs uma polêmica envolvendo o Colégio Militar Euclides Bezerra Gerais, localizado em Paranã, sul do Tocantins. Nas imagens, estudantes do colégio, com idades entre 11 e 15 anos, aparecem marchando e repetindo versos considerados violentos, como “Se eu não te matar, eu vou te prender”. A atividade foi liderada por um policial militar que ditava as frases enquanto os alunos as repetiam.

A reportagem original é do g1 Tocantins, que também revelou que a ação ocorreu durante uma iniciativa descrita por uma servidora da escola como “combate à violência”. Entretanto, o teor da canção chamou a atenção pelas referências a atos de intimidação e violência.

A repercussão

A Polícia Militar do Tocantins (PMTO) informou em nota que a situação não reflete a rotina do colégio e classificou o episódio como “uma ação pontual”. A instituição está investigando a conduta dos policiais envolvidos e prometeu tomar “as medidas cabíveis”. Ainda segundo a PM, um procedimento preliminar foi instaurado para analisar o caso com rigor.

“A Polícia Militar reafirma seu compromisso em promover valores éticos e morais”, diz a nota, que também destacou que práticas contrárias a esses princípios serão tratadas com seriedade.

Já a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) repudiou a atividade, classificando-a como “inadequada” e “incompatível com o ambiente escolar”. A pasta notificou a PM e afirmou estar tomando medidas para evitar a repetição de episódios semelhantes.

O que mostra o vídeo

No registro, os alunos, em uniforme escolar, aparecem em um espaço aberto do colégio acompanhados por pelo menos três policiais. Um deles conduz os versos, que incluem trechos como:

“Tu vai lembrar de mim
Sou taticano maldito
E vou pegar você
E se eu não te matar
Eu vou te prender.”

O teor da canção gerou forte reação nas redes sociais, com críticas à falta de cuidado em um ambiente que deveria educar para a cidadania e o respeito.

Reflexos na comunidade

O episódio reacendeu o debate sobre os métodos adotados em colégios militares, que têm como proposta pedagógica unir educação formal e disciplina militar. Enquanto muitos defendem o modelo por sua ênfase em valores como respeito e hierarquia, casos como o de Paranã geram questionamentos sobre os limites dessas práticas.

Próximos passos

As investigações em curso deverão apurar se houve violação de protocolos por parte dos policiais militares envolvidos e se há necessidade de revisão nas diretrizes pedagógicas das escolas militares no estado.

O caso segue sob apuração, e tanto a PM quanto a Seduc garantiram que novos desdobramentos serão comunicados. A sociedade aguarda respostas sobre o ocorrido, com demandas por maior atenção ao impacto das práticas educativas na formação de crianças e adolescentes.

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