ESTADO DO RJ REGISTRA PRIMEIRO ÓBITO POR FEBRE DO OROPOUCHE
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) informa que recebeu a confirmação do primeiro óbito por Febre do Oropouche no estado. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pela Fiocruz. Trata-se de um homem, de 64 anos, morador de Cachoeiras de Macacu, que foi hospitalizado na Região Metropolitana do estado, em fevereiro e morreu quase um mês depois.
Desde a notificação da suspeita de óbito por Febre do Oropouche, a comissão de investigação de óbitos da SES-RJ se dedicou a investigar o caso de forma minuciosa. Os protocolos de vigilância epidemiológica e controle da doença também foram aprimorados desde então.
“A Secretaria de Estado de Saúde monitora semanalmente o avanço da Oropouche. Desde o ano passado, nossos especialistas têm realizado capacitações com os municípios com o objetivo de evitar a proliferação do vírus e aprimorar a assistência aos pacientes”, conta a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Em fevereiro, técnicos de Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária à Saúde e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do estado fizeram uma visita técnica em Cachoeiras de Macacu. O objetivo foi capacitar os profissionais do município para alinhar e definir as estratégias de atuação na prevenção e no tratamento dos casos.
Cachoeiras de Macacu tem 92 cachoeiras cadastradas e é grande produtora de frutas como goiaba e banana, o que contribui para a existência e a criação do inseto maruim, popularmente conhecido como mosquito pólvora e transmissor da doença.
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue. O período de incubação dura entre quatro e oito dias. O início geralmente é marcado por febre, dor de cabeça, dor nas articulações, dor muscular, calafrios e, às vezes, náuseas e vômitos persistentes por até cinco a sete dias. Na maioria dos casos, o paciente se recupera em uma semana. Porém, a doença pode se agravar em grupos de risco, entre crianças e idosos a partir de 60 anos.
O primeiro caso no estado foi registrado em fevereiro do ano passado, tratava-se de um homem com histórico de viagem ao Amazonas. Ao todo, 2024 registrou 128 casos, com predominância na cidade de Piraí. Em 2025, até 15 de maio, foram registrados 1.484 casos confirmados da doença. As cidades que concentram mais notificações são: Cachoeiras de Macacu (649), Macaé (513), Angra dos Reis (253) e Guapimirim (164). Os dados estão disponíveis no painel de Arboviroses do Monitora RJ, e estão sujeitos a atualizações.