EQUADOR AUMENTA PARA ATÉ DEZ HORAS DIÁRIAS OS CORTES DE ENERGIA DEVIDO À CRISE PROVOCADA PELA FALTA DE CHUVAS
As usinas hidrelétricas são responsáveis por 70% da geração de energia no Equador, que enfrenta a pior seca em 50 anos
O Governo do Equador anunciou a reprogramação dos cortes de energia elétrica a partir desta quarta-feira, com racionamentos de até 10 horas diárias em faixas de horários, devido à “crítica” situação energética. Com 17 milhões de habitantes, o Equador enfrenta uma crise devido à falta de chuvas desde 2023, causada pelo aquecimento global. As usinas hidrelétricas, responsáveis por 70% da geração de energia no Equador, que enfrenta a pior seca em 50 anos. O volume de chuvas vai até 90% abaixo do normal, dependendo do dia e da hora, na região de Sierra, uma das mais afetadas pelo fogo, de acordo com informações divulgadas pela Secretaria Nacional de Gestão de Riscos equatoriana.
Autoridades equatorianas tinham anunciado no mês passado a suspensão do fornecimento de eletricidade por 9 horas em 12 das 24 províncias da nação andina e colocou 19 áreas em alerta vermelho devido à seca que reduziu os níveis de água das usinas hidrelétricas.
Estatísticas oficiais apontaram que cerca de 35.000 hectares de florestas foram consumidos pelo fogo no Equador de janeiro a setembro deste ano. Os incêndios também deixaram 11 feridos e mataram cerca de 45 mil animais criados em fazendas.
Por causa dos apagões, o governo equatoriano convocou 46 mil policiais para vigiar as ruas das regiões de Guayas, Los Ríos, Manabí, Orellana, Santa Elena e El Oro. O país passou de ter 5 homicídios por 100 mil habitantes em 2017 para 44 em 2023, alta de 780%. Um dos motivos é a falta de investimento público em áreas como educação, saúde e segurança pública.
O presidente do Equador é Daniel Noboa, de centro-direita. O governante, na presidência desde novembro de 2023, é filiado à Ação Democrática Nacional. Foi o sucessor de Guillermo Lasso, do CREO (outro partido da centro-direita).
Por 247
