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EMBAIXADOR DIZ QUE “LAMENTA” ASSASSINATOS DE BRASILEIROS POR ISRAEL

As forças israelenses querem ‘atingir o Hezbollah’, e não os civis libaneses, afirmou o diplomata. Israel, no entanto, já foi denunciado por genocídio

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, lamentou nesta sexta-feira (27) a morte de civis brasileiros no Líbano, onde ocorre o conflito entre Israel e o Hezbollah. Um adolescente de apenas 15 anos, Ali Kamal Abdallah, perdeu a vida junto com seu pai em um ataque a uma fábrica de produtos de limpeza no Vale do Becá. “Lamentamos muito a morte de Ali e de outras pessoas que não estão envolvidas neste conflito”, disse o embaixador.

O diplomata tentou amenizar as críticas aos ataques feitos por Israel, afirmando que, de acordo com ele, a intenção das forças israelenses “não é matar libaneses, mas atingir as atividades e instalações do Hezbollah”. A entrevista foi concedida à CNN Brasil.

Um ataque em Shebaa, cidade no sul do Líbano, deixou 25 mortos no total. Quatro deles eram crianças, segundo o prefeito da cidade, Mohammad Saab. Israel vem bombardeando regiões do Líbano há uma semana, e mais de 700 pessoas morreram desde então.

Autoridades jurídicas da África do Sul já denunciaram o governo de Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) pelo crime de genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde local, mais de 40 mil palestinos morreram desde outubro do ano passado. A CIJ recomendou apenas a paralisação do massacre. Os bombardeios continuam, e tanto lideranças políticas como ativistas vêm pressionando o Tribunal Penal Internacional a emitir um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Sobre o Líbano, palco de novos conflitos, o país tem 5,4 milhões de habitantes e um IDH de 0,723, o que coloca os libaneses na 109ª posição no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Itamaraty, 21 mil brasileiros vivem no país asiático.

Estatísticas oficiais indicam que o Líbano tem mais de 50% de sua população composta por muçulmanos. Outros 40% são cristãos, e o restante segue outras religiões.

O país mantém boas relações com outras nações islâmicas, mas não faz parte da península Arábica, localizada no sudoeste da Ásia e no nordeste da África. A península é formada pela Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Kuwait, Omã, Catar, além de parte do Iraque e da Jordânia.

Por 247

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