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EM HOMENAGEM A RITA LEE, RJ CRIA DIA ESTADUAL DA MULHER ROQUEIRA

Data será comemorada todo 31 de dezembro, aniversário de Rita.

O RJ ganhou um Dia Estadual da Mulher Roqueira. Será todo 31 de dezembro, aniversário de Rita Lee, que morreu em 9 de maio, aos 75 anos.

O governador em exercício, Thiago Pampolha (União Brasil), sancionou uma lei proposta pela deputada estadual Verônica Lima (PT) e aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no mês passado.

Na justificativa, a parlamentar argumentou que Rita “tornou-se um símbolo de transgressão e irreverência com músicas como ‘Ovelha Negra’ e ‘Agora Só Falta Você’, que inspiraram milhões de brasileiros e brasileiras” e “inúmeras gerações de artistas, principalmente mulheres”.

Há 11 anos, após se apresentar no Circo Voador, na Lapa, Região Central do Rio, Rita Lee deixou o microfone de lado e cedeu à força dos versos: “Vou abrir a porta/ Pra você entrar”.

Era a primeira vez que a cantora pisava o palco do Circo, que à época estava completando 30 anos de vida. A emoção era evidente e, no final da faixa seguinte, “Ovelha negra”, assim que os acordes silenciaram, a artista surpreendeu a todos ao anunciar a sua aposentadoria dos palcos.

“Geralmente nessa hora, nessa música, eu levo um lero com vocês, de ovelha negra para ovelha negra, dessas coisas, que toda família tem uma… Eu queria dizer que, esse é o penúltimo show. Mas, eu considero o último da turnê. É… Vou me aposentar dos palcos”, disse a artista bastante emocionada.

O público se agitou, e Rita seguiu: “Aposentadoria é bom. É, gente, tenho 67 anos, aposentadoria é bom. Fico por aqui”. Rita aumentou a idade, pois, pela data oficial de nascimento, 31 de dezembro de 1947, naquele show ela estava com 64 anos.

As guitarras do marido, Roberto de Carvalho, e do filho mais velho, Beto Lee, voltaram a tocar, e Rita finalizou:

“Mas a coisa é leve, porque ovelhas negras vem e vão. Na verdade, é o correto. Então, não podia ser um público e lugar melhor (no Circo Voador). A ovelha negra não vai mais voltar. Ela vai sumir. Baby, baby…”

A cantora mais paulista da música brasileira é “carioca” desde 2007. A Câmara de Vereadores concedeu à artista o título de Cidadã Honorária do Rio. A proposta de lhe conceder o título foi feita pela então vereadora Aspásia Camargo (PV).

Segundo a política, a ideia surgiu de uma brincadeira de Rita, durante um show na Praia de Copacabana, em comemoração ao Dia de São Sebastião. A intérprete brincou com um fã que perguntava numa faixa se ela era carioca. A cantora respondeu que “apesar de ser uma paulista branquela e não ter samba no pé”, era apaixonada pelo Rio.

A cerimônia, irreverente como a cantora, teve a performance do poeta paulistano Igor Cotrin e a participação do Coral da Câmara de Vereadores.

Além disso, teve a presença de amigos ilustres da cantora, como o cartunista Ziraldo, a cantora Preta Gil e o então deputado Fernando Gabeira, hoje comentarista da GloboNews.

Com caras e bocas, Rita reiterou seu amor a São Paulo, mas se disse apaixonada pelo Rio desde que veio à cidade pela primeira vez:

“I love São Paulo. Mas quando chego no Rio, chego no Brasil. Eu logo viro Carmen Miranda, quero ficar pelada, fico falando X. Quando cheguei aqui, fiquei 12 horas andando pela cidade e babando. Via como a cidade era linda. E toda vez que vinha aqui me apresentar, era recebida com todo carinho. É uma paixão que tenho por vocês e que vocês têm por mim. E tem essa coisa do Rio continuar lindo. Pra mim, o Rio ainda é a capital do Brasil”, afirmou no plenário da Casa após receber a honraria.

Por g1 Rio

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