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DIANTE DA PRESSÃO DO CENTRÃO, LULA SAI EM DEFESA DE NÍSIA TRINDADE NA SAÚDE: “TEM MINISTROS QUE NÃO SÃO ‘TROCÁVEIS'”

“Tem pessoas e funções que são uma coisa da escolha pessoal do presidente. A Nísia não é ministra do Brasil, ela é minha ministra”, declarou

Diante da pressão do Centrão para assumir o controle do Ministério da Saúde e dos rumores de que a atual ministra, Nísia Trindade, estaria balançando no cargo, o presidente Lula (PT) usou o evento de lançamento do Novo Mais Médicos na sexta-feira (14) para sair em defesa de sua subordinada.

Ele negou a intenção de substituir Nísia e afirmou que ela faz parte de sua cota pessoal na Esplanada. Segundo Lula, a ministra da Saúde não integra o rol de ministros ‘trocáveis’. “Tenho muito orgulho de ter escolhido a Nísia como ministra da Saúde.

“Nós estamos em um período de entressafra, porque o Congresso Nacional está em férias e todo dia eu leio nos jornais a troca de ministros. Eu já troquei todo mundo, só falta eu mesmo me trocar, só falta eu anunciar a minha saída e colocar alguém no meu lugar. Eu vou viajar agora e disse para a Nísia publicamente: tem ministros que não são ‘trocáveis’, tem pessoas e funções que são uma coisa da escolha pessoal do presidente da República. A Nísia não é ministra do Brasil, ela é minha ministra”, afirmou.

O presidente ainda reforçou seu compromisso em manter uma mulher na chefia da Saúde. “Eu tinha quatro ex-ministros, todos muito bons, a começar do primeiro, Humberto Costa, depois o [José Gomes] Temporão, depois o [Arthur] Chioro, depois o [Alexandre] Padilha. E tinha mais dois, que foram ministros, o Saraiva Felipe, de Minas Gerais, o Agenor [Álvares]. E eu fiquei pensando: toda essa gente vai querer voltar a ser ministro, afinal de contas foram ministros, foram provados, então vão querer voltar. Mas o Padilha foi muito digno, porque eu falei: ‘Padilha, olha, acho que precisamos encontrar uma mulher para ser ministra da Saúde’. E ele foi o primeiro a falar para mim: ‘tem uma senhora na Fiocruz que já tive boas informações dela’. Foi o Padilha, que sonhava em voltar a ser ministro da Saúde, que trouxe a Nísia para conversar comigo”.

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