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DIA DO CAMINHONEIRO: CATEGORIA TRABALHA 13 HORAS POR DIA E TEM RENDA DE R$ 4 MIL

Conforme o levantamento, a renda do caminhoneiro é baixa em relação aos custos de manutenção dos veículos, que não param de subir

Dia 30 de junho é uma das datas que celebram o Dia do Caminhoneiro no Brasil. Segundo a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), existem no País cerca 800 mil motoristas autônomos responsáveis por escoar mais de 60% das cargas.

Apesar da sua importância para a economia nacional, a categoria precisa trabalhar 13 horas, em média, para ter uma renda de R$ 4 mil por mês. Esses são alguns dos resultados de um estudo da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) no ano passado. O levantamento foi feito pela GP Pesquisas com mil profissionais autônomos no mês de abril deste ano.

Conforme o levantamento, a renda do caminhoneiro é baixa em relação aos custos de manutenção dos caminhões, que não param de subir. Aliás, o combustível é o item que mais pesa nessa conta. Segundo a CNTA, o diesel representa até 50% dos gastos mensais com o veículo.

Caminhoneiro recebe Frete baixo

Conforme a CNTA, custo é apenas um dos fatores que precarizam da profissão. Assim, a oferta de mão-de-obra é maior que a de contratos de frete.

Como resultado, é difícil para os caminhoneiros autônomos contratarem fretes com preços justos. A categoria afirma que quem não quiser carregar pelo valor oferecido é substituído por outro autônomo que aceita preços menores”. E isso também está relacionado à dificuldade de os caminhoneiros negociarem diretamente com os embarcadores.

Para os representantes da CNTA, outro fator que prejudica a categoria é a falta de informação. Reportagem do Estradão revela que quase metade dos entrevistados em uma recente pesquisa desconhecem a tabela de preços mínimos de frete. Conforme a liderança da categoria, isso só é bom para os intermediários. “Bem como para as transportadoras que repassam o frete e não cumprem a lei.”

Tabela de frete

A regra foi criada após a greve da categoria, que parou o País em 2018. A lei determina que os valores sejam reajustados a cada seis meses. Bem como toda vez que o preço do diesel suba mais de 5%. Assim, essa condição é conhecida como ‘gatilho”. Contudo, são constantes as reclamações sobre o não cumprimento da tabela.

Por: Estadão

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