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DESEMPREGO DE LONGA DURAÇÃO É O MENOR PARA O 1º TRIMESTRE DESDE 2015, MAS DEVE FREAR JUNTO COM A ECONOMIA; ENTENDA

 

Dados do IBGE indicam que, nos primeiros três meses deste ano, 1,9 milhão de brasileiros procuravam trabalho há mais de dois anos. Mas o indicador agrega trabalhadores com pouca capacitação, que ficam fragilizados quando o mercado de trabalho começa a arrefecer.

O número de trabalhadores buscando emprego há mais de dois anos caiu ao menor patamar para um 1º trimestre em nove anos, refletindo a melhora do mercado de trabalho. Segundo o IBGE, a “taxa de desemprego de longa duração” ficou em 22,2% no primeiro trimestre de 2023, com 1,9 milhão de pessoas desocupadas há dois anos ou mais, uma queda de 14,5% em relação ao mesmo período de 2022.

O trabalhador de longa duração tende a ter baixa qualificação, sendo mais vulnerável no mercado. A redução desse desemprego demonstra a recuperação econômica pós-pandemia. Contudo, a desaceleração econômica e a alta dos juros podem diminuir essa tendência positiva. Especialistas recomendam investimento em qualificação para enfrentar futuras mudanças.

Desde o terceiro trimestre de 2021, a taxa de desemprego de longa duração tem caído, com exceção de uma pequena interrupção no início de 2023. Aproximadamente 4 milhões de pessoas buscavam emprego entre um mês e um ano, aumentando 5,5% em relação ao trimestre anterior, mas caindo 6,5% em relação ao mesmo período de 2022. A economia brasileira mais aquecida tem impulsionado o mercado de trabalho.

O economista Jaime Vasconcellos da FecomercioSP destaca que o emprego está retroalimentando o consumo das famílias, gerando mais empregos. No entanto, a expectativa é que a desaceleração da economia e a alta dos juros impactem negativamente o mercado de trabalho. A renda média real aumentou 1,5% no primeiro trimestre de 2023, alcançando R$ 3.123, mas as vagas para trabalhadores de longa duração tendem a ser de menor qualidade e renda.

Economistas preveem que o mercado de trabalho deve desacelerar nos próximos anos devido à inflação, juros altos e uma desaceleração econômica global. O setor de serviços deve continuar como principal motor na criação de vagas, enquanto a indústria pode ser mais afetada.

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