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CPMI DOS ATOS GOLPISTAS RETOMA OS TRABALHOS NESTA TERÇA-FEIRA

Relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, senadora Eliziane Gama, espera dias intensos após recebimento de documentos sigilosos durante recesso parlamentar

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas retoma os trabalhos na terça-feira (1º), com reunião marcada para as 9h. A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), espera “dias absolutamente intensos” a partir de agosto.

“No período de recesso, recebemos um volume muito grande de documentos sigilosos, que vão respaldar tanto as oitivas quanto a apresentação de requerimentos para novas quebras de sigilo. Nas próximas semanas, teremos reconvocações e acareações, de forma que possamos chegar aos autores intelectuais e aos financiados do 8 de Janeiro, um ato terrível contra a democracia brasileira” afirmou Eliziane Gama, de acordo com o Senado Notícias. A senadora, porém, não antecipou quais testemunhas ou investigados devem ser reconvocados ou submetidos a acareação.

Poucos dias antes do recesso do Congresso Nacional, iniciado em 18 de julho, a comissão ouviu o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Na ocasião, ele permaneceu em silêncio durante praticamente toda a oitiva, o que gerou uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a postura do militar.

Augusto Heleno e Michelle Bolsonaro

Além de Mauro Cid, preso desde o dia 3 de maio, a CPI dos atos golpistas ouviu sete pessoas. Entre elas, Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, George Washington de Oliveira Sousa, preso por tentativa de atentado próximo ao aeroporto de Brasília, Jean Lawand Junior, coronel do Exército envolvido em mensagens de conteúdo golpista que trocou com Mauro Cid, e Jorge Eduardo Naime, coronel e ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.

Na primeira reunião pós recesso, a CPMI deve ouvir, a pedido da oposição, Saulo Moura da Cunha, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os governistas, por outro lado, querem a convocação do general Augusto Heleno, ministro do GSI durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, e também sugerem oitiva com Michelle Bolsonaro. No caso da ex-primeira-dama, a convocação é motivada pelo surgimento, após a quebra do sigilo telemático do tenente-coronel Mauro Cid foram, de comprovantes de depósitos em dinheiro em uma conta bancária dela.

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