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CPI NA ALERJ VAI INVESTIGAR PLANOS DE SAÚDE QUE CANCELARAM TRATAMENTOS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi instaurada na quinta-feira (23), após a publicação no Diário Oficial, para investigar supostos descumprimentos de contrato de planos de saúde com pessoas com deficiência.

No último mês, mães e pais de filhos com deficiência foram às ruas para protestar contra planos de saúde que cancelaram contratos de pessoas com algum tipo de necessidade especial.

De acordo com as famílias, eles vêm enfrentando diversos problemas com os constantes cancelamentos dos planos de saúde. Entre as reclamações apresentadas estavam: Ausência de reembolso, atendimento e terapias negados e planos de saúde extintos sem aviso prévio.

“É uma vitória do povo do Rio, mas é principalmente uma vitória das mães e pais de PCDs que lutam com tanta bravura. Desde o ano passado, vínhamos tentando uma solução para que tratamentos não fossem interrompidos”, disse o deputado Fred Pacheco.

No dia de conscientização do autismo, mães e pais protestam contra planos de saúde por suspensão de tratamentos

Reclamações só aumentam na ANS

Um levantamento da ANS mostra que, as reclamações contra os planos de saúde por cobertura de transtornos do espectro autista aumentaram no último ano.

De acordo com a ANS, em 2019 foram 1.018 reclamações. No ano seguinte, 1.350 ocorrências. Em 2021, foram 3.135 reclamações de clientes.

Em 2022, a Agência Nacional de Saúde Suplementar registrou 6.265 situações. Já em 2023, o número mais que dobrou: foram 14.520 reclamações. Ou, um aumento de mais de 130%.

Nos primeiros três meses desse ano a ANS já registrou 2.580 descumprimentos dos planos de saúde.

As principais causas das reclamações são: falta de cobertura, descumprimento de prazo máximo de atendimento, problema de reembolso, rede conveniada e rol de procedimentos.

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