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CONSERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA FAZ ANIMAIS SILVESTRES VOLTAREM À CENA

Investimentos do governo do Rio na restauração da vegetação e saneamento impulsionam o ressurgimento de espécies em extinção no estado

O investimento estadual na restauração da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do Brasil, com reflorestamento de áreas degradadas e a criação de corredores ecológicos, têm proporcionado um ambiente propício para a recolonização dos animais no território fluminense. Espécies como a onça-parda e o gato-do-mato, que corriam risco de desaparecer, têm sido avistadas cada vez mais em todo o estado, que tem 39 unidades de conservação administradas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e 70 câmeras distribuídas nesses lugares. A região do Parque dos Três Picos, no complexo do Pico da Caledônia, em Nova Friburgo, é um dos principais exemplos dos efeitos positivos dessas medidas. As armadilhas fotográficas instaladas no parque revelaram a presença dessas espécies ameaçadas, evidências de que a conservação ambiental está alcançando resultados.

“As ações de monitoramento estão trazendo grandes resultados para o Parque Estadual dos Três Picos, uma vez que estamos presentes em cinco municípios: Cachoeiras de Macacu, Teresópolis, Nova Friburgo, Silva Jardim e Guapimirim. A gestão trabalha com dados, e isso tem mostrado que o índice de biodiversidade tem aumentado”, ressalta Alexandre Donato de Sá, gestor do Parque dos Três Picos.

Fruto de uma parceria entre o Inea e o Projeto Aventura Animal, o monitoramento da fauna, por meio de câmeras fotográficas, tem o objetivo de estudar o comportamento de espécies que habitam essa unidade de conservação.  Ali foram avistados e fotografados animais como onça-parda, que é o topo da cadeia alimentar; catetos, animais que acabam sendo alimento da onça; gato-maracajá, gato-mourisco; e gato-do-mato pequeno, que encabeça a lista de ameaçados de extinção. “Há dois meses, registramos a mãe e seu filhote passando aqui. Então, está tendo continuidade das espécies, que é a parte mais importante desses registros. Quando a gente consegue entender que o local da mata está sendo avistado por várias espécies, é sinal de que essa mata também está sob controle“, explica Juran Santos, fotógrafo de aventura do Parque Estadual dos Três Picos e criador do projeto Aventura Animal.

Iniciativa da Secretaria estadual do Ambiente e Sustentabilidade, o programa Florestas do Amanhã tem como meta, até 2050, aumentar a área florestal da Mata Atlântica fluminense em 10%, o que representa mais de 440 mil hectares. Outra frente de incentivo à restauração florestal no território fluminense é o projeto Conexão Mata Atlântica. Além de colaborar com a segurança alimentar, o projeto visa, por meio do reconhecimento e compensação de ações ambientais em propriedades rurais, a redução do carbono da atmosfera e a conservação da biodiversidade.

Por Veja

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