Combate à poluição: conscientização é essencial, afirma especialista
Na segunda-feira, foi celebrado o Dia do Combate à Poluição. A data reforça os cuidados que os impactos humanos têm sobre o meio ambiente, além de buscar soluções que ajudem a preservação do planeta — o que, em tempos de mudanças climáticas, torna-se um debate bem-vindo.
As agressões ao meio ambiente têm custado caro à humanidade. A produção industrial, que demonstrou crescimento exponencial no final do século 18 e na segunda metade do século 20, gerou um aumento na emissão dos gases na atmosfera que causam o efeito estufa. Os efeitos negativos destas ações estão cada vez mais evidentes. Segundo projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), os próximos 100 anos apresentarão um aumento médio entre 1,8°C e 4,0°C no mundo todo.
Mas, em uma escala menor, o que pode ser feito no dia a dia, nas casas das pessoas, para tentar diminuir o impacto da poluição? “As pessoas devem reciclar os seus lixos gerados, como: separar os metais, plásticos, vidros, papel, madeira, os lixos orgânicos e também evitar as queimadas que destroem a nossa camada de ozônio”, aconselha Paulo César Severiano de Lima, Engenheiro Sanitarista e Ambiental.
Quanto ao aquecimento global, Paulo César salienta que já há tecnologias disponíveis, inclusive para indústrias, a fim de conter a emissão de gases na atmosfera. “Muitos países industrializados não querem reduzir sua produção, mas existem outras alternativas para reduzir a emissão de CO2, como filtros nas chaminés, troca de matéria primas e outras tecnologias.”
Ações de sustentabilidade
Nos últimos anos, as iniciativas de sustentabilidade têm se tornado cada vez mais comuns e presentes nas empresas. Algumas ações podem ajudar a diminuir o atual cenário negativo e conscientizar a sociedade. “Podemos realizar palestras para conscientizar a população sobre o uso de energias limpas como a eólica, fotovoltaica e também reforçar na base das escolas para educar essa nova geração, porque eles farão mais uso desta mudança”, afirma o engenheiro sanitarista.
A combustão de combustíveis fósseis ainda é responsável por grande parte da emissão de monóxido de carbono e outros poluentes na atmosfera. Mas a tecnologia contemporânea já encontrou um substituto para esses combustíveis. “O carro elétrico é um exemplo”, assegura Paulo César. “Na Europa, a meta é que até 2035 não haja mais veículos movidos a combustíveis fósseis”, revela.
A conscientização é importante, lembra o especialista, para que haja um amanhã para a Casa Comum, como diz o Papa Francisco. “Podemos conscientizar as pessoas por meio dos veículos de comunicação, mas a Igreja também tem seu papel de abrir um espaço para educar as pessoas”, finaliza.
Por Thiago Coutinho